Cafeicultura terá R$ 2,3 bi do Funcafé
No atual ciclo (2010/11), R$ 300 milhões financiarão a colheita e R$ 1 bilhão serão usados igualmente na estocagem e na aquisição (FAC) por indústrias. Para a temporada 2011/12, o CMN aprovou até R$ 600 milhões para custeio e colheita da safra.
O CMN também alterou as regras de financiamento para 2011/12. Os recursos para custeio e colheita serão unificados, o que evitará duplicação de custos em bancos e cartórios. Haverá mais R$ 50 milhões para investimentos em operações no mercado futuro e R$ 40 milhões para a recuperação de lavouras atingidas por granizo. Outros R$ 300 milhões serão destinados para composição de dívidas decorrentes de financiamentos à produção de café.
A reunião ordinária do CMN também adotou medidas para auxiliar a produção de arroz. Na tentativa de aliviar a situação financeira dos produtores, foi ampliado, de 30 de março para 31 de novembro de 2011, o prazo para contratar a linha especial de financiamento no programa de produção sustentável (Produsa). A medida deve ajudar produtores prejudicados por enchentes entre 1º de novembro de 2009 e março de 2010. O Ministério da Fazenda explicou que o adiamento deve-se à necessidade de obtenção de licenças ambientais pelos produtores. Como houve atraso na liberação, poucos contrataram a linha.
Os produtores de arroz também tiveram a prorrogação, por seis meses, da totalidade do saldo devedor dos Empréstimos do Governo Federal (EGF) para estocagem da safra 2009/10. Até agora, a extensão dos prazos de vencimento estava limitada a 80% do saldo. A medida vale para Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O objetivo, segundo a Fazenda, é evitar a concentração do produto nos estoques. As cotações de mercado estão bastante abaixo do preço mínimo de garantia desde dezembro de 2010. No Rio Grande do Sul, há relatos de preços abaixo de R$ 17 por saca de 50 quilos. O preço mínimo oficial é de R$ 25,80.
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