Agronegócio quer salvaguarda contra trigo importado

Publicado em 15/12/2010 07:48
Representantes do agronegócio do Sul do país apresentam amanhã em Brasília uma pauta que defende salvaguardas à produção de trigo no Brasil.

Os agricultores reclamam de encalhe do cereal nacional diante da importação feita de países como Argentina, Paraguai, Uruguai, Canadá e Estados Unidos.

A pauta que será encaminhada ao Ministério da Agricultura pede a proibição de importação de trigo entre setembro e janeiro, período de venda do produto nacional no mercado interno.

O economista Pedro Loyola, da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), disse que atualmente o início da venda do trigo brasileiro também coincide com a finalização de compra do produto importado pelos moinhos, o que atrapalha o redução dos estoques nos silos dos produtores nacionais.

Outra reivindicação é que as autoridades brasileiras impeçam a entrada de trigo produzido com defensivos agrícolas que não são permitidos na lavoura do país.

Além dos leilões bancados pelos governo federal, outra forma defendida de comercialização do trigo seria a reedição do chamado Empréstimo do Governo Federal com Opção de Venda, em que o dinheiro obtido com a negociação do cereal cairia direto na conta do produtor, o que não ocorre hoje.

De acordo com dados oficiais da Faep, dos 3,2 milhões de toneladas de trigo plantados no Estado, o maior produtor nacional do cereal (que detém 50% da safra), cerca de 360 mil toneladas foram comercializadas até o momento.

O Brasil não é autossuficiente em trigo: consegue produzir apenas 50% do que consome. A outra metade precisa ser importada.

Com as medidas em prática, caso sejam adotadas pelo governo federal, Loyola afirma que os produtores esperam iniciar nas próximas safras uma política de maior valorização do trigo no país.

Em média, o economista da Faep afirma que a cultura não é lucrativa e mal cobre os gastos com a produção.

O trigo é mantido por causa da prática de rotação de culturas para preparar e proteger o solo para o plantio de outros tipos de culturas, como soja e milho.

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Fonte:
Folha Online

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