Itália e Alemanha aprovam contribuições para a Grécia

Publicado em 07/05/2010 11:17

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O governo italiano aprovou nesta sexta-feira um decreto de lei que contempla 14,8 bilhões de euros (US$ 18,83 bilhões) em empréstimos à Grécia, dentro da ajuda prometida pelos membros da zona do euro e do FMI (Fundo Monetário Internacional). A Câmara Baixa do Parlamento da Alemanha também votou hoje a favor de uma lei para liberar a contribuição do país para o pacote de resgate da Grécia.

 

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Segundo uma nota da chefia de governo da Itália, o dinheiro é a contribuição que o país fará no programa trienal. Para isso, recorrerá à emissão de títulos de Estado de médio e longo prazo.

 

A linha de ajudas à Grécia revisa ligeiramente para cima a contribuição de 14,735 bilhões de euros aos empréstimos da zona do euro que corresponderia à Itália, em virtude de sua posição de terceiro maior subscritor de capital do BCE (Banco Central Europeu).

 

Na Alemanha, foram 390 votos a favor, 72 contra e 139 abstenções. A Câmara Alta votará a lei ainda nesta sexta-feira.

 

A lei diz que a Alemanha contribuirá com até 22,4 bilhões de euros (US$ 28,6 bilhões) para o pacote de três anos de 110 bilhões de euros (US$ 140 bilhões) disponibilizado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pela zona do euro à Grécia.

 

Deficit

Os gregos precisarão enfrentar drásticos cortes nos próximos três anos, segundo o plano de austeridade divulgado nesta semana, que prevê uma economia de 30 bilhões de euros (cerca de R$ 80 bilhões).

 

O deficit orçamentário do país está em cerca de 13,6% do PIB (Produto Interno Bruto) e precisa passar para 8,1% neste ano, caindo para 2,6% em 2014. A redução dos gastos públicos prejudicará o crescimento do país, que terá contração de 4% do PIB em 2010, o dobro do previsto. A economia voltaria a crescer em 2012, com 1,1% de alta.

 

O plano prevê o congelamento dos salários dos funcionários públicos por pelo menos três anos. Os aposentados gregos perderão também o 13º e o 14º salários se suas pensões superarem 2.500 euros mensais.

 

Foi estabelecida uma idade mínima de aposentadoria (60 anos) e um novo cálculo para as pensões relacionado com toda a vida de trabalho e não com os últimos anos, como era até agora.

 

Além disso, o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) será aumentado em dois pontos para 23%, depois de em março já ter subido outros dois. Serão elevados em dez pontos percentuais os impostos sobre tabaco, álcool e combustíveis.

 

Ainda está prevista a criação de um imposto especial para as empresas com grandes lucros e o estabelecimento de novas medidas impositivas a companhias relacionadas a produtos de luxo e à propriedade imobiliária.

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Fonte:
Folha de São Paulo

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