Soluções para o clima são adiadas para 2010, no México
Publicado em 21/12/2009 08:25
Os líderes mundiais começarão 2010 com a responsabilidade de fechar um acordo sobre o clima em encontro que acontecerá no México. O pacto firmado na sexta-feira em Copenhague, na Dinamarca, é menor do que o previsto, não tem força de lei e adiou decisões importantes para o próximo ano. Esse foi o saldo da 15ª Conferência sobre mudanças climáticas das Nações Unidas (ONU), realizada em Copenhague, e que contou com a participação de representantes de 193 países. Apesar de adiado o acordo para o ano que vem, o saldo foi positivo para Brasil e Reino Unido. O Brasil saiu como intermediador das negociações e o Reino Unido ocupou o lugar dos Estados Unidos como líder internacional das reuniões.
"Obama chegou muito tarde ao encontro e perdeu sua posição de grande player nas negociações para o premiê britânico Gordon Brown", disseram especialistas.
No entanto, nem tudo se perdeu já que os norte-americanos, pela primeira vez na história, concordaram em fazer parte de um acordo envolvendo questões climáticas. No último dia do encontro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e os líderes dos principais países emergentes selaram um novo pacto climático, que é apenas um primeiro passo para combater a mudança do clima da Terra, segundo uma autoridade norte-americana.
De acordo com essa fonte, Obama obteve um acordo significativo com os primeiros-ministros da China, Wen Jiabao, e da Índia, Manmohan Singh, e com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, após um dia de profundas divisões entre os líderes de países ricos e pobres.
O Brasil também aprovou o acordo, que aparentemente deixa de lado outros participantes da conferência climática da ONU em Copenhague. Não há garantia de aprovação por parte de todas as 193 nações participantes. A ausência dos países da União Europeia foi considerada particularmente significativa.
As tensões entre China e Estados Unidos, os dois maiores emissores globais de gases-estufa, foram notavelmente agudas desde que Obama - em um recado aos chineses - declarou que qualquer acordo para a redução das emissões se resumiria a palavras vazias sobre uma página se não fossem transparentes e tratadas com responsabilidade. Ao longo de sexta os negociadores sofreram para buscar termos aceitáveis a todos países no sentido de obter novo tratado global para combater os efeitos mais perigosos da mudança climática - secas, inundações, elevação do nível dos mares e extinção de espécies.
Um esboço discutido no último dia da cúpula incluía US$ 100 bilhões anuais em ajuda climática aos países pobres até 2020, e metas para limitar o aquecimento e reduzir à metade as emissões globais de gases-estufa até 2050. Mas ele abandonava as ambições prévias de que um eventual acordo de Copenhague fosse transformado no ano que vem em um texto juridicamente vinculante. "Seguindo uma reunião multilateral entre o presidente Obama, o premiê Wen, o primeiro-ministro Singh e o presidente Zuma, um acordo significativo foi alcançado", disse a fonte do governo norte-americano.
"Não é suficiente para combater a ameaça da mudança climática, mas é um importante primeiro passo", afirmou o funcionário. "Nenhum país está inteiramente satisfeito com cada elemento, mas é um passo adiante, significativo e histórico, e um fundamento a partir do qual fazer mais progressos."
Pelo acordo definido pelos cinco países, as nações ricas e pobres concordam com um "mecanismo de financiamento" com reduções de emissões de modo a manter o aquecimento global médio em 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e em "fornecer informações sobre a implementação das suas ações".
Antes, o ministro indiano do Meio Ambiente, Jairam Ramesh, disse que a conferência, que começou em 7 de dezembro, estava "perto de ver um resultado juridicamente não-vinculante de Copenhague após 36 horas de negociações extenuantes, intensivas".
A União Europeia pressionava à limitação do aquecimento global a 2 graus Celsius, e que incluísse rígidas restrições das emissões de carbono por parte de outros países industrializados, especialmente os Estados Unidos.
Cientistas dizem que o aquecimento de 2 graus Celsius é o limite para que sejam evitados os piores efeitos do aquecimento global sobre o planeta Terra. "Diante de onde começamos e das expectativas para a conferência, qualquer coisa aquém de um resultado concertado e juridicamente vinculante fica abaixo da nota", disse John Ashe, que presidiu as negociações do Protocolo de Kyoto, o tratado climático hoje em vigor.
"Obama chegou muito tarde ao encontro e perdeu sua posição de grande player nas negociações para o premiê britânico Gordon Brown", disseram especialistas.
No entanto, nem tudo se perdeu já que os norte-americanos, pela primeira vez na história, concordaram em fazer parte de um acordo envolvendo questões climáticas. No último dia do encontro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e os líderes dos principais países emergentes selaram um novo pacto climático, que é apenas um primeiro passo para combater a mudança do clima da Terra, segundo uma autoridade norte-americana.
De acordo com essa fonte, Obama obteve um acordo significativo com os primeiros-ministros da China, Wen Jiabao, e da Índia, Manmohan Singh, e com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, após um dia de profundas divisões entre os líderes de países ricos e pobres.
O Brasil também aprovou o acordo, que aparentemente deixa de lado outros participantes da conferência climática da ONU em Copenhague. Não há garantia de aprovação por parte de todas as 193 nações participantes. A ausência dos países da União Europeia foi considerada particularmente significativa.
As tensões entre China e Estados Unidos, os dois maiores emissores globais de gases-estufa, foram notavelmente agudas desde que Obama - em um recado aos chineses - declarou que qualquer acordo para a redução das emissões se resumiria a palavras vazias sobre uma página se não fossem transparentes e tratadas com responsabilidade. Ao longo de sexta os negociadores sofreram para buscar termos aceitáveis a todos países no sentido de obter novo tratado global para combater os efeitos mais perigosos da mudança climática - secas, inundações, elevação do nível dos mares e extinção de espécies.
Um esboço discutido no último dia da cúpula incluía US$ 100 bilhões anuais em ajuda climática aos países pobres até 2020, e metas para limitar o aquecimento e reduzir à metade as emissões globais de gases-estufa até 2050. Mas ele abandonava as ambições prévias de que um eventual acordo de Copenhague fosse transformado no ano que vem em um texto juridicamente vinculante. "Seguindo uma reunião multilateral entre o presidente Obama, o premiê Wen, o primeiro-ministro Singh e o presidente Zuma, um acordo significativo foi alcançado", disse a fonte do governo norte-americano.
"Não é suficiente para combater a ameaça da mudança climática, mas é um importante primeiro passo", afirmou o funcionário. "Nenhum país está inteiramente satisfeito com cada elemento, mas é um passo adiante, significativo e histórico, e um fundamento a partir do qual fazer mais progressos."
Pelo acordo definido pelos cinco países, as nações ricas e pobres concordam com um "mecanismo de financiamento" com reduções de emissões de modo a manter o aquecimento global médio em 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e em "fornecer informações sobre a implementação das suas ações".
Antes, o ministro indiano do Meio Ambiente, Jairam Ramesh, disse que a conferência, que começou em 7 de dezembro, estava "perto de ver um resultado juridicamente não-vinculante de Copenhague após 36 horas de negociações extenuantes, intensivas".
A União Europeia pressionava à limitação do aquecimento global a 2 graus Celsius, e que incluísse rígidas restrições das emissões de carbono por parte de outros países industrializados, especialmente os Estados Unidos.
Cientistas dizem que o aquecimento de 2 graus Celsius é o limite para que sejam evitados os piores efeitos do aquecimento global sobre o planeta Terra. "Diante de onde começamos e das expectativas para a conferência, qualquer coisa aquém de um resultado concertado e juridicamente vinculante fica abaixo da nota", disse John Ashe, que presidiu as negociações do Protocolo de Kyoto, o tratado climático hoje em vigor.
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Fonte:
DCI
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