Dólar fecha a R$ 1,72; Bovespa ganha 1,63% após fala de Bernanke
A moeda americana chegou a ser negociada perto de R$ 1,75 (preço mais alto dos últimos dois meses) na sessão desta segunda-feira, mas perdeu ímpeto gradativamente com a melhora das Bolsas de Valores. O dólar também valorizou frente ao euro, que voltou ao patamar de US$ 1,48 pela primeira desde o início de novembro.
O dólar comercial foi cotado por R$ 1,721, em queda de 0,23%, nas últimas operações desta segunda-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,745 e R$ 1,724. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,830, estável.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra ganhos de 1,63%, aos 68.702 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,01 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,43%.
Os agentes financeiros aguardavam com a expectativa as palavras do presidente do Federal Reserve (banco central americano), Ben Bernanke. Na semana passada, o corte de empregos registrado em novembro nos EUA foi muito menor do que o previsto, o que gerou alguma ansiedade no mercado: o indicador foi interpretado como um indício de que os estímulos fiscais concedidos no pior momento da crise seriam retirados antes do que muitos previam.
A recuperação do mercado de trabalho americano também alimentou a especulação em torno de uma possível elevação dos juros básicos (mantidos pouco acima de zero por cento).
Bernanke não "desapontou" o mercado e disse o que muitos queriam ouvir: a permanência dos juros em níveis muito baixos por "um longo período". "Ainda temos algum caminho a percorrer antes de termos certeza de que a recuperação será sustentável", afirmou, durante discurso no Clube Econômico de Washington.
Entre outras notícias importantes do dia, o boletim Focus, do Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro revisou para cima suas projeções para a inflação oficial, o IPCA. A estimativa agora é que o índice encerre o ano em 4,26%, contra previsão de 4,25% feita na semana passada.
Para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) desta semana, as projeções apontam para a manutenção dos juros básicos em 8,75% ao ano. Para 2010, a mediana das expectativas subiu de 10,50% para 10,63%.
O Ministério do Desenvolvimento reportou um superavit de US$ 376 milhões nas transações comerciais do país com o exterior no período da primeira semana deste mês (dias 1 a 6).
Juros futuros
O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, rebaixou as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo, num repique após três dias consecutivos de alta.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista recuou de 9,92% ao ano para 9,87%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 10,43% para 10,38%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.
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