Análise de Mercado - 07 de Dezembro
Suíno Vivo
(07.12) - Em 2009, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - FAO, o mundo produzirá 106 milhões de toneladas de carne suína. Cerca de metade disso (50,23 milhões t) será de responsabilidade da China. Os chineses, como se sabe, consomem muito também: 50,36 milhões de toneladas. Eles deverão importar, em 2009, 215 mil t e exportar 343 mil t.
A China faz parte da dezena de países que estão no foco da atenção da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína -(Abipecs). Em 2008 e 2009, a entidade tem feito marcação cerrada para a abertura de novos mercados, não apenas participando de missões oficiais a países ainda fechados, como insistindo para que o governo brasileiro eleve a prioridade concedida às exportações do produto e, com isso, se acelere o ritmo da sua entrada na Ásia, América do Norte e Europa.
Projeção hipotética feita pela Abipecs, com b ase em dados da FAO, estima que as exportações brasileiras de carne suína triplicariam, passando de 589 mil t em 2009 para 1,73 milhão t em 2015, apenas como efeito da abertura de mercados e aumento de vendas para mercados já conquistados.
Atualmente, o Brasil é o quarto maior exportador mundial, atrás da União Europeia, dos Estados Unidos e do Canadá. Com o aumento de exportações, o Brasil teria condições de liderar o ranking, situação que já ocorreu com as carnes bovina e de frango.
Na Ásia, o Brasil exporta principalmente para Hong Kong, um volume estimado em 127 mil t em 2009, com uma participação de 26% nas importações feitas pelo país. Mas o Brasil ainda não exporta para a China e para o Japão, os dois principais compradores na região. Em 2009, os chineses deverão importar 343 mil t e o Japão, 1,12 milhão de t. Na China, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da ABIPECS, "projetamos iniciar com 5% de participação nas importações do país, em 2010, para chegarmos a uma participação de 30% em 2015. O potencial brasileiro, naquele ano, seria de 102,9 mil toneladas.
Com relação ao Japão, acrescenta Camargo Neto, "iniciaríamos, em 2010, com 56 mil t, passando a uma participação nas importações japonesas de 20% em 2011, 25% em 2012 e 40% em 2015. Essa participação ainda seria inferior à conseguida pelos exportadores brasileiros de carne de aves".
O Japão, além de importar grande quantidade, é um mercado muito interessante porque é altamente exigente, compra qualidade, o que leva a uma melhora do padrão de nossas indústrias, inclusive para atender ao mercado interno, e paga muito bem por isso. O Japão importa cerca de 25% do que o mundo produz, em toneladas, de carne suína, mas essa importação representa quase 50% dos valores envolvidos com as importações mundiais do produto.
A projeção da Abipecs utiliza para todos os anos o mesmo volume de importações, não levando em consideração o crescimento da população e de renda, bem como eve ntual aumento de produção doméstica dos países importadores ou práticas protecionistas. "Trata-se, certamente, de uma simplificação, pois qualquer alteração em qualquer variável mudará o resultado", comenta o presidente da Abipecs.
As duas Coreias deverão importar 434 mil toneladas de carne suína em 2009.
Levando-se em conta que o Brasil começaria a exportar em 2011, obtendo uma participação naqueles mercados de 10%, poderia ampliá-la a 40% em 2015.
No mercado de Hong Kong, onde o Brasil já está presente, a estimativa é de aumentar a atual participação de 26% pra 30% em 2015. Para as Filipinas e o Vietnã as vendas começariam em 2010. A participação brasileira naqueles mercados seria de 10% e de 40% em 2015. Em outros países asiáticos, o Brasil manteria a sua participação de 18%, chegando também a 40% em cinco anos.
A África do Sul suspendeu as importações de carne suína e bovina do Brasil por ocasião do foco de febre aftosa no município de Eldorado (MS), em outub ro de 2005. Gradualmente, todos os países que suspenderam a entrada do produto brasileiro liberaram as importações. A África do Sul é o último país no mundo que ainda resiste a reconhecer a sanidade do Brasil.
A África do Sul importou do Brasil, em 2005, cerca de 20 mil toneladas de carne suína. Pela projeção da Abipecs, o Brasil poderia retomar os 20% de participação naquele mercado e aumentá-la a 40%.
No México e em Cuba, a Abipecs projeta uma participação brasileira no mercado de carne suína de 5%.
Na União Europeia, pretende-se iniciar, em 2010, com uma participação de 10%, patamar que se elevaria a 50% em 2015.
Nos EUA, o levantamento da ABIPECS estima uma participação inicial de 2%, em 2010, que aumentaria para 10% em cinco anos.
Na Rússia, principal cliente da carne suína brasileira, o Brasil manteria a sua participação de mercado em torno de 35%, em 2010, e a ampliaria para 50% em 2015.
Barreiras Sanitárias - O Brasil encontra hoje barreiras sanitár ias em praticamente todos os maiores importadores de carne suína do mundo, com exceção da Rússia, que ainda não integra a Organização Mundial do Comércio (OMC). Hoje, os exportadores nacionais não conseguem entrar nos mercados japonês, mexicano, chinês, americano e da União Europeia.
Juntas, essas cinco regiões representam importações de 2,4 milhões de toneladas de carne suína ao ano, praticamente metade de toda a importação mundial. "Em muitos casos não existe um procedimento científico que impeça a abertura desses mercados", diz Pedro de Camargo Neto.
A maior parte dos Estados brasileiros está certificada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação.
Esse status sanitário intermediário, de livre com vacinação, de acordo com as regras da OIE, garante segurança aos produtos dessas regiões. Esse fato, no entanto, não é reconhecido pelos principais importadores de carne suína e também bovina. "Essa é apenas uma ilustraçã o de que as referências científicas da OIE não são aceitas", comenta Camargo Neto.
Pelas normas atuais, o acordo assinado pelos membros prevê que barreiras sanitárias sejam impostas à entrada de produtos nos países importadores apenas com argumentações científicas, fato que não vem sendo praticado, segundo Camargo Neto.
"Apesar dessa regra ter representado um grande avanço nas negociações internacionais e ser muito importante, na prática ela não vem sendo aplicada". (Suino.com)
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Frango vivo
(07.12) - Contrariando as expectativas e, mesmo, as condições de mercado, o frango vivo comercializado no interior paulista atravessou a primeira semana de dezembro com o mesmo preço que mantém desde 14 de novembro passado, R$1,60/kg. Mas a alta há tempos esperada deve ocorrer nesta semana, já que em Minas Gerais foram registradas, na semana passada, dois ajustes quase sucessivos de cinco centavos cada.
Mais do que necessário, o ajuste é indispensável. Pois ainda que se diga que o atual preço se encontra "a-penas" 1,23% abaixo daquele registrado há um ano, é impossível esquecer que, naquela época, o País e o mundo viviam o "dezembro negro" da crise econômica mundial. Tanto que a cotação média de R$1,62/kg então registrada correspondeu ao pior preço do frango vivo no segundo semestre de 2008.
Em outras palavras, o R$1,60 atual é bem mais crítico. (Avisite)
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Ovos
(07.12) - Não chega a ser fato inédito. Mas este é um dos raros anos em que o ovo, em pleno mês de Natal, registra preços inferiores aos do mês de janeiro. Uma situação que se agrava ainda mais se considerado que em janeiro deste ano se vivia, senão o ápice, um dos momentos mais críticos da crise econômica mundial que eclodiu no segundo semestre de 2008. Em suma: a situação atual é muitíssimo pior para o setor.
A (triste) realidade é que, em pleno mês dos panetones, das grandes confraternizações, das mesas fartas o ovo registra sua menor cotação de 2009. Porém, não só de 2009, mas dos últimos 37 meses, já que a última vez em que se registrou cotação menor que a atual foi em novembro de 2006 (R$29,05/caixa), ano em que (registrava o AviSite naquela ocasião) o ovo viveu "o pior ano deste século". Quer dizer: como as compara-ções estão sendo feitas em termos nominais (isto é, sem considerar a inflação acumulada nesses três anos ), é lógico que a situação atual é muitíssimo mais crítica.
Embora continue sendo difícil, é certo que ocorrerão correções de preços nas (menos de) três semanas que nos separam do Natal. Mas serão insuficientes para alcançar (ou, pelo menos, se aproximar) da média al-cançada um ano. E isso sugere, também, que mantidas as condições atuais de abastecimento, o ovo tende a iniciar 2010 com preços inferiores aos de 2009. Só a adequação da produção, com um descarte maciça de poedeiras pode reverter essa perspectiva.(Avisite)
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(07.12) - A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 73,28, com a variação em relação ao dia anterior de -0,4%. A variação registrada no mês de Dezembro foi de 1,72%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 42,48, com a variação em relação ao dia anterior de -0,54% e com a variação de 3,43% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
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Soja
(07.12) - A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 43,12. O mercado apresentou uma variação de 0,82% em relação ao dia anterior. O mês de Dezembro apresentou uma variação de 0,51%.
O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 25,00, com a variação em relação ao dia anterior de -0,12%, e com a variação de 2,21% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
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Milho
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 11,42, com uma variação de -0,1% em relação ao dia anterior, e com a variação de 1,2% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
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