Previsões melhoram e PIB crescerá até 6,5% em 2010
A variável-chave para o maior ou menor crescimento do PIB, dizem os economistas, está no investimento
O Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer acima de 6% em 2010. Um crescente número de consultorias aposta em recuperação muito forte da economia brasileira e pelo menos uma instituição, o Credit Suisse, já projeta que o crescimento pode chegar a 6,5% no próximo ano. A variável-chave para o maior ou menor crescimento, dizem os economistas, está no investimento.
Quem aposta em um PIB acima de 6% espera, também, um aumento expressivo - de 20% - na formação bruta de capital fixo, a variável que mede a demanda por máquinas e equipamentos e na construção civil. As consultorias e bancos que esperam uma alta do PIB um pouco menor em 2010 - mais próxima de 5% - projetam recuperação menos expressiva do investimento.
Credit Suisse e Bradesco - duas instituições com as maiores projeções para o PIB de 2010 - listam a recuperação do investimento privado, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os recursos do BNDES e os investimentos externos como os motores do investimento forte. "Os investimentos aumentarão de modo significativo nos próximos trimestres como resultado da expectativa de expansão da atividade por vários anos", afirma Nilson Teixeira, do Credit Suisse.
Há um certo consenso dos economistas quanto ao tamanho do consumo interno em 2010. Massa salarial, baixo desemprego, crédito e gasto público farão a demanda crescer entre 7% e 8%. O menor crescimento mundial e o câmbio, contudo, vão impulsionar as importações e o setor externo pode "tirar" até dois pontos percentuais do PIB. Se o gasto público ainda ajudará o PIB de 2010, a partir de 2011 ele inverterá o sinal e passará a ser um elemento de "estrangulamento" da economia, alertam os economistas.
O otimismo interno não é totalmente compartilhado pelo economista Paul Krugman, Nobel de Economia em 2008. Entre os riscos que ele aponta para o Brasil está uma moeda que caminha para níveis extremamente apreciados, que "não fazem sentido".
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