Consumo de matérias-primas GM não torna o frango GM

Publicado em 02/12/2009 08:43
Ao anunciar que seu frango é um alimento livre de organismos geneticamente modificados (em inglês, GM-free), uma empresa avícola da Nova Zelândia conseguiu, a um só tempo, chamar a atenção das autoridades de saúde pública e dos pesquisadores e cientistas locais.
O governo acusa a empresa de utilizar falsa publicidade para vender o produto. Entende que, ao consumir ração contendo farelo de soja proveniente de grãos submetidos a alterações genéticas, as aves da empresa não podem ser comercializadas como sendo “GM-free”.
Já os cientistas e pesquisadores se manifestaram em defesa da empresa. Observaram por exemplo que, sendo verdadeira a tese de que a ingestão de um alimento com organismos geneticamente modificados altera o DNA de quem o consome a ponto de também torna-lo um organismo geneticamente modificado (OGM), então o próprio homem é um OGM já que consome continuamente frutas, verduras, hortaliças e outros alimentos submetidos intensivamente a alterações genéticas.
Ou, como destaca o Dr. Jimmy Suttie, pesquisador neozelandês dedicado exatamente à biotecnologia, “da mesma forma que a ingestão do DNA de um tomate não se torna parte do DNA do homem, não há como o DNA do ingrediente de uma ração avícola se tornar parte do DNA do frango”.
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Avisite

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