Pós-USDA: Tendências para os mercados de soja, milho e trigo
O relatório USDA de fevereiro não trouxe grandes mudanças para os mercados de soja, milho e trigo, conforme observam Luiz Fernando Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets, e Ignacio Espinola, analista sênior de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, no relatório pós-WASDE. Confira as análises:
Soja: tendência levemente altista
O relatório trouxe números ligeiramente diferentes do esperado pelo mercado. Para o Brasil, o USDA manteve os 169Mt de janeiro, a despeito da expectativa de aumento na produção. Já para a Argentina, o corte produtivo veio em um tom acima do esperado, caindo 5,8%, de 52Mt em janeiro, para 49Mt em fevereiro. Os estoques finais mundiais também sofreram cortes além das expectativas, de 3,1%, partindo de 128,4Mt, no primeiro mês do ano, para 124,3Mt em fevereiro.
Milho: tendência neutra
O USDA trouxe algumas mudanças na América do Sul. A produção argentina passou de 51Mt para 50Mt, redução esperada em decorrência dos eventos climáticos recentes locais.
A produção do Brasil foi atualizada para 126Mt, frente aos 127Mt estimados no mês anterior. Queda estimada também nas importações da China, de 13Mt para 10Mt, com estoque final, em fevereiro, de 203,18Mt. Não houve alterações para os Estados Unidos, o que reduziu os impactos dos cortes no CBOT.
Trigo: tendência levemente altista
A atualização dos números da produção dos Estados Unidos apresentou pequenos ajustes, com redução de 21,72Mt para 21,61Mt nos estoques finais, acompanhada da queda nos estoques globais de 258,8Mt para 257,6Mt.
Sem grandes mudanças, a produção da região localizada no Mar Negro tem como ponto de atenção as recentes geadas e as consequências para a safra local, em especial na Rússia.
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