Chuvas volumosas nos próximos dias e umidade do solo propiciam alta produtividade para a soja

Publicado em 10/01/2025 08:23

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O início dos preparativos para a colheita da safra de soja 2024/25 apresenta um cenário promissor, com condições climáticas favoráveis que indicam uma produção estimada em cerca de 170 milhões de toneladas. As chuvas, iniciadas em outubro do ano passado, persistiram ao longo de novembro e dezembro, e continuarão presentes em janeiro, garantindo um solo com ótima umidade para o desenvolvimento das lavouras. Essas precipitações são resultado da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), fenômeno climático que forma um corredor de nebulosidade e umidade sobre o Brasil Central, abrangendo também partes das regiões Norte e Sudeste.

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“Na primeira quinzena de janeiro, teremos volumes significativos de chuva, com acumulados acima de 100 milímetros em regiões como Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Matopiba. A previsão é de que essa concentração de precipitações se mantenha até os dias 16 ou 17. Contudo, os mapas indicam que, nesse mesmo período, o extremo sul do país enfrentará estiagem”, explica Desirée Brandt, meteorologista da Nottus.

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Após esses primeiros 20 dias do ano, as projeções climáticas apontam para uma redução nos volumes de chuva, que devem se espalhar por outras áreas, beneficiando a umidade no Rio Grande do Sul. “Entre o final de janeiro e início de fevereiro, com precipitações mais moderadas, os produtores rurais terão melhores condições para iniciar a colheita, cenário que deve se manter até meados de fevereiro”, complementa Desirée.

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Essas condições climáticas garantem uma boa umidade para o solo, mas também acendem um alerta para possíveis excessos de água e redução na incidência de luz solar. “O produtor que estiver na fase de enchimento de grãos precisará aguardar uma melhora na radiação para que a fotossíntese seja mais eficiente. Haverá, sim, períodos desafiadores, com poucas horas de sol, solos encharcados e dificuldades para o manejo”, afirma o climatologista Lanzoerques Junior.

Por outro lado, o sul do país enfrenta um período de estiagem, o que pode trazer desafios para o desenvolvimento das lavouras na região. “Até recentemente, recebemos relatos de chuvas em algumas partes do Rio Grande do Sul e Paraná, mas as condições climáticas mostradas nos mapas sugerem possíveis impactos no cultivo por causa desse período mais seco”, diz o climatologista.

Apesar disso, de forma geral, a safra brasileira se encaminha para alcançar alta produtividade. Algumas áreas, inclusive, já iniciaram o manejo da colheita, como é o caso de Ipiranga do Norte, no Mato Grosso. Lá, o produtor Paulo Lagemann apostou em cultivares de alto potencial produtivo e com adaptabilidade para ampla janela de semeadura. A variedade escolhida foi a GH2483IPRO, semeada logo após o término do vazio sanitário.

O resultado foi expressivo: a área produziu 90,7 sacas por hectare, superando em 3 sacas outras variedades IPRO e I2X de GM8.0 disponíveis no mercado. Além do elevado desempenho, a área apresentou sanidade superior, excelente manejo de cisto (raças 3, 9 e 14) e baixo custo de plantabilidade, com 200.000 plantas nascidas em uma área de alta fertilidade.

“Essa cultivar foi lançada na safra 23/24, marcada por desafios como estresse hídrico no início e meio do ciclo e chuvas intensas na colheita. Mesmo nessas condições, surpreendeu pela estabilidade e produtividade. A GH2483IPRO, com ciclo GM 8.1 para o Mato Grosso, oferecendo resistência a múltiplas raças de cisto, uma das melhores sanidades de planta do mercado e altíssimo potencial produtivo. Essas características garantem segurança e estabilidade ao produtor rural. De Rondônia ao Piauí, a Golden Harvest tem como premissa desenvolver cultivares com ampla adaptabilidade, e a GH2483IPRO é um exemplo de sucesso em diversas regiões,” ressalta Marcos Marchioro, representante de licenciamento de soja para o Centro/Cerrado.

Curiosidades sobre a soja: Parentesco com o feijão

A soja cultivada é uma planta herbácea da classe Magnoliopsida (Dicotiledônea), pertencente à ordem Fabales, família Fabaceae, subfamília Faboideae, e gênero Glycine L.. Com grande variabilidade genética, apresenta ciclos vegetativo e reprodutivo distintos, ambos influenciados pelo ambiente. Seu ciclo vegetativo compreende o período entre a emergência da plântula e a abertura das primeiras flores, enquanto o reprodutivo vai do início da floração até o fim do ciclo da cultura.

O nome científico da soja é Glycine max L., embora também seja conhecida como feijão-soja ou feijão-chinês. Parente próxima de cultivares como o feijão, a lentilha e a ervilha, a soja se destaca por possuir teor de óleo e proteína muito superiores. A planta que cultivamos hoje evoluiu a partir de ancestrais rasteiros originários da costa leste da Ásia, particularmente ao longo do rio Yangtse, na China. A domesticação começou com cruzamentos naturais entre duas espécies selvagens, que foram posteriormente aprimoradas pelos cientistas da antiga China.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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