BC fará dois leilões de linha na quarta-feira com oferta total de US$4 bilhões
SÃO PAULO (Reuters) -O Banco Central informou na noite desta terça-feira, em comunicado, que fará dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) na quarta-feira, das 10h30 às 10h35, com oferta total de 4 bilhões de dólares.
O leilão de linha A, com oferta de 2 bilhões de dólares, terá como data de recompra pelo BC o dia 2 de abril de 2025. Já o leilão de linha B, com oferta de 2 bilhões de dólares, terá data de recompra em 2 de julho de 2025.
A taxa de câmbio a ser utilizada para venda de dólares pelo BC será a da Ptax das 10h, conforme o comunicado.
O último leilão de linha realizado pelo BC havia ocorrido em 20 de janeiro de 2023, quando forem ofertados um total de 2 bilhões de dólares.
Tradicionalmente, o BC costuma realizar leilões de linha nos finais de ano, em especial em dezembro, para atender à demanda por moeda para envio ao exterior. O período é marcado pelo envio de recursos ao exterior por empresas com filiais no Brasil e fundos de investimentos, entre outros.
No fim do ano passado, porém, o BC não realizou leilões de linha, porque não identificou necessidade de ofertas extras. O próprio mercado se encarregou de suprir a demanda.
Profissional ouvido pela Reuters na tarde desta terça-feira havia pontuado que o fluxo de remessas este ano já estava forte antes mesmo de dezembro chegar.
O Banco Central não informou o motivo da operação anunciada para quarta-feira.
Na sessão desta terça, o dólar à vista terminou o dia cotado a 5,7735 reais na venda, em leve alta de 0,04%.
OUTRAS OPERAÇÕES
Em 2 de setembro o BC realizou operação de venda de contratos de swap cambial, com injeção de 735 milhões de dólares no sistema. A negociação de swaps tem o efeito equivalente à venda de dólares no mercado futuro.
Desde então o BC tem se limitado a promover diariamente operações de rolagem de swaps cambiais que estão para vencer -- o que, na prática, tem pouco ou nenhum efeito nas cotações do dia.
Em 30 de agosto, o BC realizou leilão de venda à vista de até 1,5 bilhão de dólares -- neste caso, sem operação de recompra no futuro. Na época, o BC disse que a operação foi motivada por um fluxo atípico.
(Por Fabrício de CastroEdição de Pedro Fonseca)
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