Sustentabilidade do produtor rural está diretamente ligada com o sucesso que ele terá na lavoura
No programa Conexão Campo Cidade desta semana, Sergio Abud trouxe à tona uma preocupação crescente entre os produtores brasileiros: o impacto das mudanças nas políticas internacionais de compra de commodities agrícolas. Abud destacou que, com o avanço de pautas ambientais e a pressão de consumidores globais, multinacionais têm buscado alternativas de fornecedores que estejam alinhados com práticas de sustentabilidade rigorosas, o que inclui a redução de desmatamento em cadeias produtivas como a da soja.
Segundo Abud, essa busca por alternativas já começou a afetar o Brasil, um dos maiores exportadores de soja, milho e outras commodities agrícolas. “Os compradores internacionais estão cada vez mais exigentes, e, se não fizermos um trabalho cuidadoso para mostrar que o Brasil está comprometido com a sustentabilidade, poderemos enfrentar dificuldades para manter nossa posição de liderança no mercado”, alertou ele. Abud destacou também que a própria percepção global sobre a sustentabilidade no Brasil está em jogo, com algumas companhias até considerando a possibilidade de buscar outros fornecedores em regiões da Ásia, caso percebam riscos de imagem relacionados ao desmatamento.
Para o especialista, é crucial que o setor agrícola brasileiro reforce seus esforços em práticas de preservação e transparência, respondendo à altura das expectativas do mercado global. Abud ressaltou a importância de iniciativas como o Código Florestal, que já posiciona o Brasil como um dos países mais avançados em legislação ambiental. Contudo, ele alertou que, sem um trabalho contínuo e coordenado, o país corre o risco de perder espaço, especialmente em mercados que valorizam a responsabilidade ambiental na escolha de seus fornecedores.
DANONE X SOJA BRASILEIRA
Também no Conexão Campo Cidade desta semana, Marcelo Prado abordou uma declaração atribuída ao diretor financeiro da Danone, na Europa, gerou polêmica ao sugerir que a empresa deixaria de comprar soja brasileira, optando pela compra de fornecedores asiáticos para evitar vínculos com desmatamento.
Diante da repercussão negativa, José Luiz Tejon conversou com representantes da Danone no Brasil, que desmentiram as informações e atribuíram a situação a uma interpretação equivocada da entrevista concedida pelo CFO da empresa à Reuters. Segundo fontes internas da Danone Brasil, a empresa segue comprometida com o mercado brasileiro e com a compra de soja nacional, refutando a ideia de um possível boicote ao país. De acordo com Tejon, a companhia ressaltou a importância de cautela na interpretação das informações em um cenário global marcado por desinformação e fake news, reafirmando seu compromisso com o Brasil, um dos maiores mercados da Danone no mundo.
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