Boatos sobre recuperação judicial atrapalham investimentos no agronegócio, alerta economista

Publicado em 30/09/2024 18:24 e atualizado em 08/10/2024 17:37
Conexão Campo Cidade -
Segundo Antônio da Luz, rumores tiram dinheiro para financiamento da agricultura e podem trazer dificuldades para a atividade

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No Conexão Campo Cidade desta semana, Marcelo Prado destacou a recuperação judicial (RJ) da Agrogalaxy, empresa que, segundo ele, estava consolidando o setor de distribuição e tinha planos ousados para organizar a distribuição em todo o Brasil. Porém, ao incorrer por problemas financeiros que culminaram na RJ, é um acontecimento que impacta de forma dura no setor, pois os bancos ficam mais rigorosos com os distribuidores e cooperativas e outras empresas do agro também terão consequência com isso, conforme apontou Prado.

O economista Antônio da Luz destacou que cada vez mais, às vezes até mesmo sem perceber, o produtor rural brasileiro tem a importância do mercado financeiro para sua atividade. “Esse tempo entre pegar o insumo e pagar tem custo, custa dinheiro. Alguém vai ter que pagar e esse alguém é o mercado de capitais”, explica Da Luz.

Como ele detalha, esse dinheiro do mercado de capitais vem de pessoas jurídicas de diferentes setores da sociedade, que investem no agro, porém viram os Fiagros, os fundos de investimentos nas cadeias agroindustriais, derreterem na última semana após o pedido de recuperação da Agrogalaxy.

“Todo o mundo que pega insumo para pagar na safra pode ter certeza que está sendo afetado, pode ter certeza que vai pagar mais caro no próximo ciclo por conta dessas questões”, afirma o economista.

Por conta disso, muitas pessoas estão pedindo um prêmio de risco para continuar no agro, o que Antônio da Luz acha equivocado. “As pessoas acham que se a Agrogalaxy pediu recuperação judicial, outros vão pedir. Inclusive circulou informação que a Lavoro estaria na mesma situação, não está. Basta olhar o balanço da empresa, o DRE, DFC da empresa, e a situação das revendas de insumo e cooperativas espalhadas pelo Brasil, aí mesmo que não tem nada a ver”, declarou.

Assim, ele afirma que o investidor tem que ter um olhar mais profissional para o agronegócio para separar o joio do trigo. Caso contrário, os investidores vão querer um prêmio maior e haverá menos dinheiro para o agro na safra 25/26 por conta de boatos.

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Por:
Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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