Minério de ferro alcança máxima de quase 3 meses com novo estímulo imobiliário da China
PEQUIM (Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro subiram para uma máxima de quase três meses nesta segunda-feira, impulsionados pela melhora das perspectivas de demanda devido ao mais recente estímulo imobiliário da China, principal mercado consumidor de minério, e por uma série de políticas de flexibilização monetária.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China saltou 10,71%, terminando em 821,5 iuanes (117,14 dólares) a tonelada. No início da sessão, o contrato atingiu 835 iuanes, maior valor desde 16 de julho.
O minério de ferro de referência para novembro na Bolsa de Cingapura subiu 9,76%, para 112,05 dólares a tonelada, depois de alcançar uma alta intradiária de 113 dólares, a maior desde 5 de julho.
Ambos os índices de referência registraram ganhos de mais de 10% na semana passada.
O banco central da China informou no domingo que dirá aos bancos para reduzirem as taxas de hipoteca para empréstimos imobiliários existentes antes de 31 de outubro, como parte de medidas abrangentes a fim de apoiar o mercado imobiliário do país.
Isso ocorreu depois que Pequim revelou na última terça-feira seu maior pacote de estímulo desde a pandemia, e depois de ter reduzido as taxas de juros na sexta-feira para tirar a economia da situação deflacionária e voltar a atingir a meta de crescimento do governo.
Além disso, três grandes cidades -- Guangzhou, Shenzhen e Xangai -- suspenderam restrições importantes à compra de casas.
As ações das incorporadoras imobiliárias chinesas dispararam em resposta ao estímulo, com o índice CSI 300 Real Estate saltando cerca de 9%.
A expectativa persistente de um forte estímulo fiscal na segunda maior economia do mundo também apoiou o impulso altista, disseram analistas.
(Reportagem de Amy Lv e Gabrielle Ng)
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