Fertilizantes: Preços do MAP estão 44% mais caros e os da ureia 11% na comparação anual

Publicado em 17/07/2024 10:14 e atualizado em 17/07/2024 11:52
Jeferson Souza
Relações de troca tanto para soja 2024/25, quanto para a segunda safra de milho 2025, já registraram melhores momentos, mas compras pelos produtores ainda estão atrasadas em relação às médias dos últimos anos.

Logotipo Notícias Agrícolas

As relações de troca dos fertilizantes com a soja 2024/25 e com a segunda safra de milho 2025 já registraram níveis melhores e agora trazem sinais importantes de alerta para o produtor. "As compras para a soja - que já chegam a 85%, em linha com a média - estão avançadas, estamos na reta final. Mas, do produtor que ainda não comprou, eu ouço a seguinte frase: 'estou remanejando o meu manejo'. Inclusive, neste ano, quem salvou a soja este ano foi o cloreto de potássio", afirma o analista de fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Souza. 

MAP e KCl 

Enquanto para o cloreto de potássio a oferta brasileira é uma das maiores da histórias, o que garantiu preços bastante atrativos para a aquisição por parte dos produtores nos últimos meses, os fosafatados registram uma trajetória consistente e forte de alta. Como explica Souza, os preços do MAP estão 44% mais altos do que os registrados há um ano, em reais por tonelada. "E em um ano, os preços da soja não tiveram uma reação positiva", diz. Desta forma, as relações de troca da oleaginosa com o MAP registrando seu segundo nível mais elevado da história. 

Agora, o mercado se questiona sobre até onde as cotações podem continuar subindo e em como toda essa alta vai impactar no comportamento da demanda pelo fertilizante. 

"Neste momento, minha maior preocupação e o meu maior foco  já não estão mais na soja, mas também na segunda safra, sobretudo no maior estado consumidor do Brasil que é o Mato Grosso. O Mato Grosso está atrsado nas suas compras de fertilizantes para a segunda safra de milho, e o que eu encontro por lá são preços de milho extremamente pressionados, abaixo do ano passado dependendo das regiões, e preços mais altos dos fertilizantes. Então, a discussão que tivemos no ano passado para o milho, provavelmente, vai acontecer este ano de volta", orienta o analista. 

Assim, no cenário nacional, as compras de fertilizantes para o milho são de 27%, com um atraso de 17 pontos percentuais em relação a média dos últimos cinco anos. Para o Mato Grosso, este atraso chega a quase 20 pontos percentuais. 

Já olhando para o cloreto de potássio e as relações com a soja, foi este o fertilizante que equilibrou os custos - quando se trata deste grupo de insumo - para as contas da safra 2024/25. A relação de troca do KCl com a soja ainda está abaixo da média. Dessa forma, "há um balanço (considerando as contas com P e K), o balanço não é tão ruim quanto poderia ser", explica Jeferson Souza. E frente a estas contas e relações, o produtor está revendo sua adubação, em especial com fósforo, revisão que se intensificou nos últimos 15 dias. 

"Quem vai determinar o manejo é quem conhece a área. Se julgar que é possível reduzir, vai reduzir. Mas não adianta reduzir e ter produtividades deterioradas. Eu sempre digo que a produtividade joga a favor do produtor sempre", complementa o analista. 

UREIA

Os preços da ureia também têm subido de forma expressiva e já registram um ganho de 11% em relação ao mesmo período do ano passado, em reais por tonelada. A relação de troca do fertilizante com o milho, em Mato Grosso, está entre 70 e 75 sacas, a depender da região em que o produtor está, acima da média.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário