China alerta para ondas de calor mais quentes e mais longas com avanços das mudanças climáticas

Publicado em 04/07/2024 13:56 e atualizado em 04/07/2024 14:28

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Por Bernard Orr e David Stanway

PEQUIM/CINGAPURA (Reuters) - A China está enfrentando ondas de calor mais quentes e mais longas e chuvas fortes mais frequentes e imprevisíveis como resultado da mudança climática, alertou o departamento de meteorologia do país nesta quinta-feira, enquanto se prepara para outro verão escaldante.

Em um relatório anual sobre o clima, a Administração Meteorológica da China alertou que as temperaturas máximas em todo o país podem aumentar de 1,7 a 2,8 graus Celsius em 30 anos, sendo que o leste da China e a região noroeste de Xinjiang serão as mais afetadas.

No ano passado, as temperaturas médias nacionais atingiram um novo pico, levando a níveis recordes de recuo glacial e derretimento do pergelissolo, uma camada do solo permanentemente congelada, no noroeste do país, segundo o relatório.

A China se descreve como um dos países mais vulneráveis ao clima do mundo e está sofrendo uma pressão cada vez maior para se adaptar às rápidas mudanças nos padrões climáticos e aos níveis do mar, que estão subindo mais rapidamente do que a média global.

A vice-diretora do Centro Nacional do Clima da agência meteorológica, Yuan Jiashuang, alertou que, se as emissões continuarem altas, eventos extremos de calor, cuja expectativa é de que ocorram uma vez a cada 50 anos na China, poderão ocorrer a cada dois anos até o final do século, e as chuvas poderão dobrar e se tornar mais imprevisíveis.

O departamento de meteorologia disse nesta quinta-feira que espera que as temperaturas na maioria das áreas da China sejam relativamente altas nos próximos meses, sinalizando um segundo verão consecutivo de calor extremo.

Chuvas torrenciais e inundações já estão atingindo o sul e as temperaturas bateram recordes em várias partes do norte e do centro da China, ameaçando as plantações e pressionando as redes de eletricidade.

As temperaturas médias de março a maio atingiram os valores mais altos desde o início dos registros em 1961, de acordo com dados oficiais.

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Fonte:
Reuters

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