Insenções fiscais ao agronegócio permitem maior arrecadação do Governo e têm o brasileiro com maior beneficiado
Entre os assuntos abordados no Conexão Campo Cidade desta semana, que contou com a participação de Marcelo Prado, Roberto Rodrigues, José Luiz Tejon, Leticia Jacintho e Antônio da Luz, esteve a fala do presidente Lula de que “a parte mais tica do Brasil tomou conta do orçamento”, em entrevista na qual ele disse que quer rever insenções fiscais, como estímulo financeiros para alguns setores.
Com isso, como destacou Leticia Jacintho, abre espaço para a possibilidade do Governo rever as insenções para impostos de exportação em produtos do agronegócio brasileiro. Porém, como ponderou o economista Antônio da Luz, tal medida seria negativa para a economia brasileira.
“Se colocar impostos sobre as nossas exportações, seguramente nós vamos diminuir barbaramente as nossas exportações. E ao diminuir as exportações, vamos deixar de trazer dólar de fora para dentro da nossa economia, gerando agro indústria aqui, gerando transportes aqui, gerando agricultura aqui”.
Por esse motivo, para o economista, as isenções fiscais não são para o produtor, são primeiro para o Governo conseguir arrecadar mais impostos com mais produção, para que a economia seja mais rica e desenvolvida.
“O maior beneficiado das isenções no mercado interno não é o produtor rural, é o brasileiro. que a partir de determinadas isenções, pode pagar mais barato pela comida. Porque quando tributa o nosso produto, nós vamos passar para frente”, explicou.
“É uma lástima que o presidente não tenha essa compreensão, não tenha pessoas no seu entorno que possam lhe orientar sobre algo tão simples de entender, ou que não tenha demonstrado um desejo de compreender as coisas como elas são. Eu me preocupo com esse tipo de declaração e com o tipo de movimento que pode surgir lá na frente. Mas eu te confesso o seguinte, que o agro vai perder muito, mas o país como um todo e os consumidores brasileiros vão perder muito mais”, completou o economista.
Roberto Rodrigues corroborou as afirmações e sublinhou parte das considerações de Antônio da Luz. Para Rodrigues, exportar imposto é a maior estupidez que o país pode ter. “Se tributar um produto para exportar, está exportando imposto. Portanto, está perdendo competitividade, perdendo qualidade e, naturalmente, perdendo mercados. Então, é o que o Antônio está dizendo. Exportar imposto é perder mercado, perder consumidor aqui e no mundo inteiro. Então, é uma estupidez exportar imposto”, avaliou.
“A cesta básica, os números da cesta básica mostram uma impressionante redução. O valor da cesta básica não é por causa do imposto, é por causa da produtividade, tecnologia e empreendedorismo. A cesta básica vale hoje 20% do que valia 30 anos atrás. Por quê? Por causa do imposto? Não. A tecnologia, a produtividade, a rentabilidade, sustentabilidade, tudo o que nós fizemos com muito vigor, defendendo a cultura brasileira”, acrescentou.
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