Sucroenergético: Pecege mostra que buscando proteção da margem, setor antecipa compra de fertilizantes

Publicado em 21/06/2024 07:15
Produtor garantiu produtos com antecedência com o objetivo de evitar novas perdas em caso de novas altas

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De acordo com dados recém divulgados pelo Pecege Consultoria e Projetos, o setor sucroenergético investiu mais em fertilizantes no primeiro trimestre de 2024, alcançando apenas 22% do volume físico que foi negociado em todo ano de 2023,  enquanto no mesmo período as compras estavam em 12%. 

"Esse movimento respondeu a dois fatores principais: a perspectiva de uma safra com menores retornos; e as oscilações positivas nos preços dos nutrientes, que causaram receio nos compradores. Somados, os fatores reduziram o poder de compra dos produtores, fazendo com que buscassem garantir um maior volume de fertilizantes antes de novas perdas", afirma o relatório. 

A região com maior diferença entre os períodos foi a dos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, nos quais as compras atingiram 39% no primeiro quarto de 2024 (em relação a todo o volume adquirido em 2023), contra 17% no mesmo período daquele ano. São Paulo (maior região produtora de cana-de-açúcar), também teve compras mais aquecidas no primeiro trimestre de 2024, mas somente 4 pontos percentuais à frente do mesmo período do ano passado. 

Ainda de acordo com a análise, assinada por Gabriel Casarotti - analista de Insumos do Pecege, o mercado de insumos agrícolas no Brasil tem passado por momentos distintos, nos últimos anos – se, de 2021 a 2022 os preços alcançavam máximas históricas – a partir de 2023 os valores de diversos defensivos e fertilizantes atingiram níveis pré-pandemia. Esse descompasso também alterou diversas estratégias de compra em muitos consumidores, que antes optavam por compras antecipadas (ou até mesmo aumentar estoques, em certos casos) e passaram a diminuir a abrangência dos contratos, em meio às quedas consecutivas nos preços de mercado. 

Por outro lado, o mercado de defensivos químicos segue, em média, no mesmo andamento do ano passado. Sendo que, as aquisições de herbicidas e fungicidas (no primeiro trimestre de 2024) estiveram somente 2 pontos percentuais à frente do mesmo período em 2023. Inseticidas, por outro lado, esteve 4 pontos percentuais menor atualmente, em comparação com o ano passado. 

O movimento de redução dos contratos e estoques foi amplamente observado nas aquisições para safra 2023/24 (tanto no setor sucroenergético, como no de grãos) e se estendeu para meados das compras da safra 2024/25. No entanto, a partir do primeiro trimestre de 2024 o cenário passou a se inverter, principalmente no mercado sucroenergético. O setor graneleiro, por sua vez, ainda segue atrasado, reflexo dos baixos preços de venda para a soja e o milho nos últimos meses.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Pecege

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