CNA debate indicador de preços para a cadeia do feijão
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quarta (3), com entidades da cadeia produtiva do feijão para discutir a necessidade de um indicador de preços para o setor.
Participaram do encontro representantes do Conselho Brasileiro do Feijão e Pulses (CBFP), da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Imafir), da Embrapa Arroz e Feijão e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
De acordo com o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Tiago Pereira, a reunião tratou de indicadores de preços do feijão, desenvolvimento de novas cultivares, uso de sementes certificadas e estímulos ao consumo, exportação e produção.
“O levantamento de informações regionalizadas de feijões e por tipo de produto com características distintas são importantes para que os produtores possam avaliar se o preço vigente é suficiente para arcar com os custos da atividade e gerar lucros, assim como verificar a tendência das cotações e os fatores de impacto, tomando a decisão quanto à venda, exportação ou estocagem do produto”, explicou.
Para o presidente do CBFP, Marcos da Rosa, do ponto de vista dos produtores rurais, a cotação média regional, ou indicador de preços, é fundamental para verificar se o preço que a empresa compradora oferta está de acordo com a média ou não.
“Hoje, o setor não conta com uma referência que seja baseada em metodologias confiáveis para o produtor planejar seu plantio e comercialização”, disse Marcos.
Segundo o diretor da Imagir, Afranio Migliari, essas informações regionalizadas também podem embasar e enriquecer outras políticas públicas ao analisar as características de cada região e como se comportam uma em relação à outra.
Nesse sentido, o analista da Embrapa Arroz e Feijão, Pedro Sarmento, comentou que as novas variedades apresentadas pela pesquisa abriram expectativas para produtividades ainda maiores no campo.
“É necessário avançarmos no uso de sementes certificadas e na comunicação dessa qualidade ao público consumidor. Mas só teremos esse avanço com projetos estruturantes como o desenvolvimento de uma metodologia de referência de preços”.
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