Brazil Superfoods Summit vai ampliar mercado global para Feijão e Gergelim do Brasil
Nos dias 2 e 3 de abril, em Brasília, evento vai reunir exportadores e importadores do setor de pulses. Na ocasião, ApexBrasil e IBRAFE celebrarão nova parceria para a internacionalização do setor, com investimento de R$ 3,5 milhões
Nos dias 2 e 3 de abril, a partir das 8h, em Brasília, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses IBRAFE vão realizar a segunda edição do Brazil SuperFoods Summit - evento internacional focado nos superalimentos, como Feijões, Pulses e Gergelim. Durante o encontro, as duas entidades oficializarão um novo convênio para promover a internacionalização do setor.
Entre o público confirmado para esta edição estão profissionais de alto nível - importadores e exportadores – além de palestrantes membros do governo e convidados de países com potencial para importar Feijões, Pulses e Gergelim do Brasil, como China, Mexico, Índia, Canadá. Representantes de mais 12 países estarão presentes para discutir o presente e o futuro desses superalimentos de forma sustentável.
Os participantes conhecerão detalhes do mercado brasileiro que, segundo a entidade setorial, está pronto para atender às demandas mundiais. O evento será realizado presencialmente e terá quatro painéis ao longo dos dois dias. Entre os temas que serão abordados pelos palestrantes estão: oportunidades de ampliação de mercados; relação comercial com a Índia; relação comercial com a China; visão geral do mercado de pulses com Canadá, Estados Unidos e México; solução de conflitos na exportação; o potencial de produção e exportação de feijões do Brasil; e outros. Confira toda a programação do evento clicando aqui.
Nova parceria
Durante a abertura do Brasil Superfood Summit, a ApexBrasil e IBRAFE oficializarão novo convênio para a execução do projeto setorial “Brazilian Pulses and Special Crops”, com duração de 24 meses e recursos no valor de R$ 3,5 milhões (R$ 1,76 milhões aportados por cada entidade). O objetivo da iniciativa é expandir o mercado de exportação dos pulses e colheitas especiais brasileiras, desde os tradicionais feijões até o inovador gergelim.
As ações previstas na parceria incluem feiras e missões, especialmente na Ásia, principal mercado consumidor desses produtos, e eventos no Brasil com compradores internacionais. Além disso, o convênio abarca projetos direcionados para exportadores iniciantes, empresas lideradas por mulheres e produtores do Norte e Nordeste.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destaca a importância do projeto setorial. “O Brasil é o único país que tem três safras de feijão por ano. De acordo com a FAO, em 2022 o Brasil foi o segundo maior produtor de feijões secos do mundo, com 2,8 milhões de toneladas, atrás apenas da Índia. As vendas internacionais não apenas geram renda e emprego, mas também estimulam o plantio, garantindo preços estáveis para o consumo no Brasil”, comemora.
O mercado global de pulses e colheitas especiais tem um grande potencial de aumento da participação brasileira. Tanto pelo crescimento da demanda global por proteína vegetal e alimentos saudáveis como pela capacidade brasileira de ampliar, aprimorar e modificar sua produção para atender à demanda do mercado.
Nos últimos anos, por exemplo, houve um aumento na demanda pelo gergelim brasileiro tanto no mercado interno quanto no mercado internacional. O Brasil se tornou um importante produtor e exportador de gergelim, atendendo países como Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia.
Exportações com impacto doméstico
Segundo o IBRAFE, o feijão-preto é o foco da exportação no primeiro semestre de 2024. É um alimento básico na mesa do brasileiro, sendo uma fonte importante de proteínas, fibras e minerais essenciais. A produtividade das áreas de plantio tem se mostrado promissora e a colheita tende a abastecer o mercado interno e gerar excedente de mais de 100 mil toneladas. A garantia da manutenção da alta produção, contudo, depende da capacidade de escoamento tanto no mercado doméstico como no internacional.
O presidente do IBRAFE, Marcelo Eduardo Lüders, explica que a exportação dos excedentes é o que garante o controle dos preços e o abastecimento doméstico, já que estimula a produção. “Além disso, a exportação do Feijões pode gerar mais receitas para os produtores e para a economia do país, contribuindo para o desenvolvimento do setor e possibilitando a diversificação das fontes de renda”, adiciona.
Portanto, o incentivo à produção e exportação do Feijões é uma medida importante para garantir a segurança alimentar dos brasileiros, evitando oscilações nos preços e garantindo o acesso a um alimento tão importante a dieta nacional.
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