Açúcar fecha 5ª com quedas de cerca de 3% e NY fica próxima das mínimas de março
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (21) com queda de cerca de 3% nas bolsas de Nova York e Londres. O otimismo com a safra do Centro-Sul do Brasil voltou a pesar, além da queda de mais de 1% do petróleo no internacional.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 3,25%, a 20,24 cents/lb, com máxima em 20,83 cents/lb e mínima de 20,12 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 3,15%, negociado a US$ 586,70 a tonelada.
O terminal norte-americano fechou o dia em níveis que não eram vistos desde o final de março para o açúcar bruto. A atenção para a finalização da moagem da safra atual do Centro-Sul do Brasil, além das expectativas positivas com o próximo ciclo pressionam.
"A forte produção no maior produtor, o Brasil, pressionou o açúcar para os níveis atuais, mas isso está agora precificado e, no futuro, há preocupações crescentes sobre colheitas fracas nos principais produtores, Índia e Tailândia", reportou a Reuters.
O boletim do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) apontou que as produtividades acumuladas desta reta final de safra 2024/25 têm se mostrado muito superiores às da temporada anterior (2022/2023), com destaque para as regiões de Araçatuba (37,8%) e São José do Rio Preto (26,9%).
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Os preços do petróleo também estiveram no radar. O óleo bruto caía mais de 1% nesta tarde, o que tende a impactar diretamente na decisão sobre o mix das usinas. Por outro lado, o dólar subia sobre o real, e limitava as perdas do adoçante nesta quinta.
Uma moeda estrangeira menos valorizada que o real tende a desencorajar as exportações das commodities, mas dá suporte aos preços externos.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado paulista têm perdido força nesta reta final de ano. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 148,43 a saca de 50 kg com desvalorização de 3,59%.
"Como a demanda neste final de ano tem se mostrado pouco aquecida e os preços do açúcar demerara vêm caindo no mercado internacional, parte das usinas paulistas aceitou negociar a valores menores", reportou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 155,74 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,80 c/lb com desvalorização de 2,38%.
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