JBS avalia novos investimentos na Arábia Saudita, diz Batista
SÃO PAULO (Reuters) - A JBS, maior produtora global de carnes, estuda novos investimentos em suas operações na Arábia Saudita, de olho na demanda por alimentos da maior economia do Oriente Médio, anunciou o empresário Wesley Batista, nesta quarta-feira, em Riad.
A companhia, por meio de sua subsidiária Seara, tem uma fábrica de produtos processados de frango em Dammam e está investindo 50 milhões de dólares na construção de uma unidade em Jeddah, que deve concentrar a produção de produtos empanados de frango.
Com a nova unidade, a capacidade produtiva de produtos de frango no país passará de 10 mil toneladas/ano para 40 mil toneladas ao ano.
"Temos recentemente visitado o mercado e olhado com uma visão de que existem oportunidades", disse Batista, da família controladora da JBS.
"A cada dia nos interessamos mais em explorar a possibilidade de fazermos investimentos muito mais relevantes do que vínhamos pensando no passado", acrescentou ele, ao final de uma mesa redonda sobre investimentos entre os dois países.
O anúncio foi feito em seminário promovido pelo governo brasileiro no país.
De acordo com o nota divulgada pela J&F Investimentos, holding da família Batista, o diplomata e representante do ministério de Investimentos local, Abdulrahman T. Bakir, disse durante o evento que a Arábia Saudita quer ver mais "picanhas" no país.
A J&F não detalhou em qual segmento de proteínas a JBS pode realizar os novos investimentos, nem os valores. O grupo atua hoje nos setores de mineração, celulose, energia, serviços financeiros, além alimentos.
A Arábia Saudita é a maior economia do Oriente Médio e o principal parceiro comercial do Brasil na região.
E o Brasil é o principal exportador global de proteína halal, alimentos fabricados seguindo os preceitos muçulmanos.
A unidade em Dammam foi aberta recentemente, enquanto a de Jeddah tem previsão de ser inaugurada em meados de 2024, segundo a J&F.
Além disso, a JBS tem uma estrutura de distribuição própria com oito centros no país.
(Por Roberto Samora)
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