Soja intensifica altas em Chicago com apoio da demanda, além do clima adverso
O mercado da soja acelera as as altas na Bolsa de Chicago e, no início da tarde desta segunda-feira (13), os futuros da oleaginosa já voltavam a operar com ganhos de dois dígitos entre os principais vencimentos. Perto de 11h55 (horário de Brasília), as cotações subiam de 10,75 a 11,50 pontos, levando o janeiro a US$ 13,44 e o maio, referência para a safra brasileira, a US$ 13,82 por bushel.
Além do clima adverso no Brasil atrasando o plantio 2023/24, a demanda forte pela soja americana também contribui para os ganhos. Problemas em mais regiões da América do Sul também estão no radar, bem como mais uma disparada do farelo na CBOT, que sobe mais de 3% nesta segunda.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de soja de mais de 200 mil toneladas para a China. Somente na semana passada, as vendas americanas entre a nação asiática e demais destinos passou de dois milhões de toneladas.
"Tempo basicamente seco na América do Sul, com altas temperaturas, principalmente no lado brasileiro, onde o clima foi seco com predominância das altas temperaturas. A Argentina recebeu boas chuvas na sexta-feira, cobrindo toda a província de Buenos, Entre Rios e parte de Córdoba", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
E para os próximos 10 dias, pelo menos, as previsões continuam as mesmas, ainda apontando para a má distribuição das chuvas, além das temperaturas bastante elevadas.
"Os modelos climáticos, tanto o GFS como o Europeu, estão em consonância e para próximos 10 dias indicam fortes chuvas para o Sul do Brasil e Paraguai. Para o Sudeste brasileiro, as previsões indicam chuvas moderadas e tempo basicamente seco para o Centro-Oeste e MATOPIBA. As temperaturas vão continuar altas em todo o Brasil, com exceção da Região Sul, que deve melhorar bem a partir da próxima quarta-feira. Para a Argentina, o clima será predominantemente seco", complementa Sousa.
O plantio está atrasado no país e, como explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, a soja que começa a ser estabelecida agora vai ter mais dificuldades de desenvolvimento daqui em diante.
"Hoje é impossível acharmos alguém que discorde desta percepção e de que o teto produtivo no Brasil está sofrendo quebras", diz. "O mercado está sim olhando para o Brasil e vê as dificuldades dos produtores rurais que já estão escancaradas". No entanto, Pereira destaca que ainda não se confirma uma catástrofe generalizada e que o país ainda tem condições de ter uma safra boa, apesar de tantas irregularidades.
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