Soja opera estável em Chicago nesta 6ª após perdas da sessão anterior e mantém foco no clima
Os futuros da soja voltam a operar com estabilidade na manhã desta sexta-feira (10) na Bolsa de Chicago, depois de perder cerca de 20 pontos na sessão anterior em função do baixista relatório que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe ontem ao mercado. O boletim mensal de oferta e demanda aumentou a safra e os estoques finais norte-americanos - ao contrário do esperado pelo mercado - bem como manteve inalterada a safra brasileira, ainda estimada em 163 milhões de toneladas.
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Assim, por volta de 7h20 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 1,50 e 3,25 pontos, levando o janeiro a US$ 13,40 e o maio/24 - referência para a safra americana - a US$ 13,66 por bushel.
Embora o foco tenha sido o reporte, analistas e consultores de mercado acreditam que a reação tenha sido pontual, já que o clima na América do Sul permanece muito irregular, os sinais de um Super El Niño são cada vez mais claros e latentes e a safra brasileira tende a registrar perdas ainda mais graves daquelas que já registrou. Há áreas de Mato Grosso relatando a necessidade de um segundo replantio.
No entanto, os traders ainda não enxergam estes problemas e os refletem nos preços, também de acordo com os especialistas.
"Nesta reta final (de plantio no Brasil) vemos que deve ser de grande euforia no mercado, com potencial de preços de alta tanto em Chicago, que são os grandes formadores de preços da balança comercial global de oferta e demanda, quanto nos prêmios, que são nossa balança regional", afirma o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira.
Além das adversidades climáticas no Brasil e das expectativas em torno das safras de outros fornecedores importantes como Argentina e Brasil, a demanda intensa - em especial da China - pela soja americana. Somente nesta quinta-feira (9), o USDA informou uma venda de mais de um milhão de toneladas da oleaginosa para a nação asiática, além de todos os outros anúncios feitos nesta semana, que vai se encerrando com o volume vendido pelos EUA passando de dois milhões de toneladas.
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