Chefe da ONU diz que será difícil retomar acordo de grãos do Mar Negro

Publicado em 08/11/2023 13:44

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Por Alessandra Galloni

NOVA YORK (Reuters) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, disse à Reuters NEXT nesta quarta-feira que será difícil retomar um acordo histórico que permitiu a exportação segura de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro, o qual a Rússia abandonou em julho devido a reclamações sobre suas próprias exportações.

"Será difícil. Continuamos com nossos esforços. Mas será difícil", afirmou.

Guterres disse que o objetivo seria fazer com que Rússia e Ucrânia concordassem em permitir a liberdade de navegação entre si, mas admitiu ser improvável. A Rússia lançou uma invasão na Ucrânia no ano passado.

As Nações Unidas têm culpado a invasão russa pelo agravamento de uma crise alimentar global. Tanto a Ucrânia quanto a Rússia são grandes exportadoras de grãos. A Rússia também é uma grande fornecedora de fertilizantes para o mundo.

Autoridades da ONU estão trabalhando para tentar retomar o acordo de grãos do Mar Negro, o qual a Rússia abandonou um ano depois de ter sido intermediado pelas Nações Unidas e pela Turquia - reclamando que suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes enfrentavam obstáculos e que não havia grãos ucranianos suficientes para os países necessitados.

Embora as exportações russas de alimentos e fertilizantes não estejam sujeitas às sanções ocidentais impostas após a invasão, a Rússia disse que as restrições de pagamentos, logística e seguro prejudicaram as remessas. Para convencer a Rússia a concordar com o pacto do Mar Negro no ano passado, as autoridades da ONU disseram que ajudariam a facilitar as exportações russas.

A Ucrânia lançou o que chama de corredor de exportação temporário em agosto para permitir as exportações agrícolas como um arranjo alternativo. Mais de 700.000 toneladas de grãos deixaram os portos ucranianos pela nova rota.

Cerca de 33 milhões de toneladas de grãos ucranianos foram exportadas sob o acordo do Mar Negro.

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Fonte:
Reuters

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