Petrobras e Vale buscarão soluções de baixo carbono, incluindo combustíveis renováveis
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras e a Vale assinaram nesta quinta-feira um protocolo de intenções, com duração de dois anos, para avaliar em conjunto o desenvolvimento de soluções de baixo carbono, como combustíveis renováveis, informaram ambas as companhias em comunicado.
A parceria, que havia sido adiantada mais cedo pelo CEO da petroleira, Jean Paul Prates, prevê a avaliação de oportunidades conjuntas de descarbonização, incluindo iniciativas em combustíveis como o hidrogênio, metanol verde, biobunker, amônia verde e diesel renovável, e de tecnologias de captura e armazenamento de CO2.
"Vale e Petrobras são empresas gigantes e juntas elas podem dar escala... podem gerar contratos bilionários", afirmou o diretor-executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, durante evento no Rio de Janeiro.
A iniciativa prevê também avaliação de potenciais acordos comerciais para fornecimento de combustíveis de baixo carbono produzidos pela Petrobras para consumo nas operações da Vale, disse a Petrobras, em seu comunicado.
"A parceria com a Vale vai permitir à empresa usar diesel R (renovável) em seus caminhões", detalhou o diretor, em evento da FGV. "Em combustíveis marítimos também tem potencial de demanda (da Vale), que exporta muito minério pelo mar."
Para Tolmasquim, a amônia verde tem potencial na parceria com a Vale, que poderia usá-la como combustível para locomotivas.
Outra frente que futuramente pode ser objetivo de parcerias entre as duas companhias é na captura de carbono. Um projeto piloto de CCUS será desenvolvido pela estatal no Rio de Janeiro.
A petroleira já abriu conversas com uma siderúrgica brasileira sobre um eventual acordo na área de captura de carbono, disse o executivo, sem detalhar.
PROTAGONISMO
O CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse em nota que o Brasil tem "todas as condições de liderar o desenvolvimento em larga escala de soluções de baixo carbono e combustíveis renováveis, como o hidrogênio verde e o metanol verde".
"A Vale tem um firme compromisso de reduzir sua pegada de carbono e, portanto, quer ser protagonista desta jornada, alavancando ações relevantes para a transição energética no Brasil. Este acordo com a Petrobras se insere perfeitamente nesse contexto", adicionou.
A parceria poderá contribuir para a Vale alcançar o compromisso de reduzir suas emissões absolutas de escopos 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar neutralidade até 2050, em linha com o Acordo de Paris, disse a mineradora.
(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)
0 comentário
Coamo antecipa R$185,8 milhões em sobras
Aniversário do Inmet é marcado por nova reestruturação
Economista Pablo Spyer visita Sistema Famato e reforça potencial do agro
“O agronegócio é o novo Vale do Silício”, diz presidente do Sindicarne
CNA e federações do Norte se reúnem com presidente da FPA
Balança comercial do agro paulista tem saldo positivo de US$ 2,78 bilhões em outubro