FMI diz que a dívida global caiu como proporção do PIB em 2022 e pode retomar tendência de aumento

Publicado em 13/09/2023 10:25 e atualizado em 13/09/2023 11:01

Logotipo Reuters

 

WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional disse nesta quarta-feira que a dívida global como proporção da produção econômica caiu significativamente em 2022 pelo segundo ano consecutivo, mas que o declínio pode estar terminando à medida que a alta do crescimento pós-Covid perde força.

O FMI disse em uma atualização de seu relatório sobre a dívida global que a relação entre a dívida total do mundo e o PIB caiu no ano passado para 238%, de 248% em 2021 e 258% em 2020.

Mas o declínio nos últimos dois anos, impulsionado pelo forte crescimento e pela inflação mais forte do que o esperado, recuperou apenas cerca de dois terços do aumento da dívida global induzido pela Covid.

A China desempenhou um papel central no aumento da dívida global nas últimas décadas uma vez que os empréstimos ultrapassaram o crescimento econômico, e seu fardo da dívida desafiou a tendência de moderação ao crescer para 272% do PIB em 2022, de 265% em 2021.

Esses níveis são semelhantes aos dos Estados Unidos, que viram sua relação dívida total/PIB cair para 274% em 2022, de 284% em 2021, de acordo com o relatório do FMI.

O mundo está em uma "montanha-russa" de dívida há três anos, mas é provável que ela aumente novamente no médio prazo, e o FMI pediu aos governos que adotem estratégias para ajudar a reduzir as vulnerabilidades da dívida - tanto na dívida pública, quanto na dívida das famílias e corporativa não financeira.

"A recuperação do crescimento real do PIB está desaparecendo. A projeção é que a inflação se estabilize em um nível baixo no médio prazo", disse o FMI.

"Se a dívida global retomar sua tendência de alta daqui para frente, a montanha-russa da dívida desde a pandemia parecerá nada mais do que um desvio temporário em torno de sua tendência de alta de longo prazo."

(Reportagem de David Lawder)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário