Total de mortos por ciclone no RS chega a 47 e desaparecidos segue em 46
(Reuters) - O número de mortes em decorrência da passagem de um ciclone extratropical que provocou chuvas intensas e causou alagamentos e destruição no Rio Grande do Sul chegou a 47 nesta terça-feira, uma a mais que no dia anterior, informou o governo estadual em comunicado, acrescentando que o número de desaparecidos se manteve em 46.
De acordo com dados levantados pela Defesa Civil do Estado, a nova morte registrada ocorreu na cidade de Colinas, que agora soma dois mortos. Muçum segue sendo o município com o maior número de mortes, contabilizando 16, além de também ser o local que registra a maior quantidade de desaparecidos, com 30.
Há ainda 8 desaparecidos em Arroio do Meio e 8 em Lajeado.
No total, segundo os dados mais recentes, 97 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas causadas pelo ciclone, que deixaram 4.794 desabrigados e 20.517 desalojados, ao transformar ruas em rios.
No fim de semana, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, acompanhado de oito ministros do governo, visitou as áreas mais atingidas no Vale do Taquari, onde anunciou que o auxílio federal chegará a 740 milhões de reais e será destinado para "ações de buscas de sobreviventes, salvamento, reconstrução de estruturas e de cidades".
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tem reiterado, no entanto, que apesar do auxílio federal demonstrar "sensibilidade e disponibilidade" por parte do governo, o valor completo não estará "em mãos" do governo estadual, pois será usado em medidas como a redução dos custos de combustíveis para veículo de resgate.
"É importante salientar as pessoas que não é um dinheiro que está sendo depositado aqui na conta do Estado ou dos municípios. Não estou reclamando... É um dinheiro que está sendo empregado nos esforços para ajudar, mas não é um dinheiro que está vindo diretamente", disse Leite em entrevista à CNN Brasil nesta terça-feira.
Leite também enfatizou que o foco das ações do governo estadual nesta semana está sendo a retomada à "normalidade" de serviços essenciais no Estado que tiveram sua infraestrutura destruída pelo ciclone, mas que sua equipe segue em alerta para novas chuvas que são esperadas nos próximos dias.
"Como os rios já estão muito cheios por conta do volume de água que tivemos na semana passada, isso nos causa especial preocupação. Então, estamos em situação de alerta nas diversas localidades do Estado", acrescentou.
(Por Fernando Cardoso)
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