Inflação na zona do euro cai ainda mais, em sinal reconfortante para o BCE

Publicado em 31/07/2023 07:33 e atualizado em 31/07/2023 08:24

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FRANKFURT (Reuters) - A inflação na zona do euro caiu ainda mais em julho e a maioria das medidas de crescimento dos preços subjacentes também diminuiu, em um sinal bastante reconfortante para o Banco Central Europeu (BCE), que considera encerrar sua série de altas nas taxas de juros.

Os preços ao consumidor cresceram 5,3% neste mês na base anual, contra 5,5% em junho, ampliando a tendência de queda. Excluindo energia e alimentos não processados, os preços subiram 6,6%, após alta de 6,8% no mês anterior.

Embora isso ainda esteja muito longe da meta de 2% do BCE, a leitura pode ajudar as autoridades a argumentar que a inflação na zona do euro está em uma trajetória descendente clara, embora suave, e eles podem se dar ao luxo de pular um aumento dos juros pelo menos na próxima reunião.

"Os dados mais recentes têm sido consistentes com a tendência de desinflação", disse Frederik Ducrozet, chefe de pesquisa macroeconômica da Pictet Wealth Management.

O BCE elevou os custos dos empréstimos pela nona vez consecutiva na semana passada, mas a presidente Christine Lagarde sinalizou a possibilidade de uma pausa em setembro, uma vez que as pressões inflacionárias mostraram sinais de abrandamento e as preocupações com a recessão aumentaram.

Os preços dos serviços se destacaram mais uma vez, pois aceleraram para um aumento anual de 5,6% em julho, de 5,4% em junho, provavelmente refletindo o crescimento dos salários nominais e um maior desejo de gastar em viagens e entretenimento após a pandemia de Covid-19.

A persistência da inflação de serviços, juntamente com uma nova aceleração no preço dos alimentos para uma alta alarmante de 9,2%, provavelmente fortalecerá as dúvidas entre alguns no BCE, que temem que o alto crescimento dos preços esteja se consolidando.

"A inflação de serviços é a área onde a política monetária deve ter maior influência, porque reflete a demanda doméstica", disse Dirk Schumacher, economista do Natixis.

"Portanto, as autoridades do BCE podem concordar em fazer uma pausa em setembro, mas especificar que outubro está em aberto."

(Reportagem de Francesco Canepa)

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Fonte:
Reuters

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