Ibovespa tem leve queda com cautela antes de Fed e após ganhos recentes

Publicado em 26/07/2023 12:07 e atualizado em 26/07/2023 12:45

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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa exibia leve queda nesta quarta-feira, acompanhando certa cautela em Nova York antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed), mesmo após elevação de rating do Brasil pela Fitch e em meio a noticiário corporativo carregado.

Vale e Petrobras eram as principais influências negativas ao índice, enquanto Telefônica Brasil e Carrefour Brasil puxavam as altas após divulgarem balanços, e Copel subia depois de lançar oferta de privatização.

Às 11:39 (de Brasília), o Ibovespa caía 0,28%, a 121.665,52 pontos. Na máxima, tocou o território positivo a 122.224,57 pontos e, na mínima, caiu a 121.370,43. O volume financeiro somava 5,5 bilhões de reais.

O destaque do dia é a decisão de juros do Fed, com expectativa majoritária de alta de 0,25 ponto percentual, enquanto as atenções devem se voltar para possíveis sinalizações quanto aos próximos passos do banco central norte-americano. A decisão sai às 15h (horário de Brasília) e o chair da instituição, Jerome Powell, fala em seguida.

"Investidores estão em compasso de espera pela decisão do Fed à tarde, que deixa os investidores cautelosos", disse a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.

"Analistas devem ficar atentos ao discurso pós-reunião, que pode sinalizar o fim do ciclo de aperto monetário", escreveu a equipe da XP, em nota.

Os principais índices em Wall Street mostravam recuo marginal, com o S&P 500 em baixa de cerca de 0,18%, com agentes de mercado também repercutindo balanços de Microsoft e Alphabet na noite da véspera, enquanto aguardavam pelos números da Meta no fim do dia.

Marcelo Boragini, sócio da Davos Investimentos, disse que a dificuldade do Ibovespa em ganhar mais tração nesta quarta-feira deve-se também a certo ajuste após ganhos recentes significativos.

Na véspera, o Ibovespa fechou no maior patamar desde 11 de agosto de 2021, com apoio em empresas de commodities metálicas após promessas de estímulo econômico pela China e na expectativa de um corte de 0,5 ponto percentual da Selic na semana que vem.

"Nada mais do que um ajuste técnico. Natural um ajuste técnico", disse Boragini, observando que o movimento ocorre meio em meio à notícias positivas do dia.

A Fitch anunciou nesta manhã a elevação da nota de crédito soberano do Brasil a "BB", contra "BB-" antes, com perspectiva estável, e atribuiu a mudança a um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado. Autoridades como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comemoraram a decisão.

"Já é um sinal muito positivo, uma vez que os investidores estrangeiros podem aumentar alocação em Brasil", disse Boragini.

No front corporativo, Petrobras divulga relatório de produção e vendas, e GPA e Assaí soltam balanços após o fechamento do mercado.

DESTAQUES

- SANTANDER BRASIL mostrava variação negativa de 0,03%, a 29,44 reais, após cair até 1,9% na abertura, após o banco divulgar nesta manhã um lucro líquido de 2,26 bilhões de reais no segundo trimestre, 5,5% maior na comparação com o trimestre anterior, embora quase 45% abaixo dos níveis de um ano antes. O resultado ainda ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. Entre os pares, ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,35%, enquanto BRADESCO PN subia 0,12%.

- CARREFOUR BRASIL ON disparava 6,61%, a 12,26 reais, mesmo após a varejista registrar queda de 95,2% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre frente a igual período do ano anterior, para 29 milhões de reais, afetado pelo impacto financeiro de sua integração com o BIG, segundo balanço publicado na noite da véspera. As vendas líquidas, porém, cresceram 8,1%, para 25,95 bilhões de reais, na mesma base. No setor, GPA avançava 1,03% e ASSAÍ ON ganhava 1,26%, antes de divulgarem resultados no fim do dia.

- VALE ON recuava 1,04%, a 71,26 reais, interrompendo sequência de quatro altas seguidas, mesmo após o minério de ferro subir novamente na Ásia com perspectiva de estímulos na China. Em Dalian, o contrato mais negociado para setembro encerrou as negociações diurnas com avanço de 1,8%. A mineradora divulga resultado trimestral na quinta-feira.

- TELEFÔNICA BRASIL subia 2,92%, a 42,59 reais, após registrar lucro líquido consolidado de 1,12 bilhão de reais no segundo trimestre, alta de 50,3% em comparação com o mesmo período no ano anterior, conforme balanço divulgado na noite da véspera. Rival TIM ON ganhava 2,18%.

- PETROBRAS PN mostrava queda de 0,74%, a 30,77 reais, antes de divulgar relatório de vendas e produção no final do dia. O petróleo Brent mostrava leva perda de 0,3% no exterior. No setor, PRIO ON recuava 1,02% e 3R PETROLEUM ON cedia 0,5%.

- COPEL PNB exibia ganhos de 3,99%, a 8,61 reais, após a companhia lançar nesta manhã a oferta pública de ações que levará à sua privatização, embora tenha alertado que há risco de cancelamento da operação devido a uma decisão pendente do Tribunal de Contas da União (TCU).

(Por André Romani; Edição de Eduardo Simões e Luana Maria Benedito)

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Fonte:
Reuters

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