Milho recua nesta 6ªfeira na B3, mas acumula até 2,5% de alta na semana

Publicado em 21/07/2023 17:00
Chicago tem movimento semelhante e fecha com ganho semanal de 4%

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A sexta-feira (21) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram até 1% e flutuaram na faixa entre R$ 57,18 e R$ 67,40, mas ainda assim, conseguiram acumular altas ao longo da semana. 

O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 57,18 com queda de 0,82%, o novembro/23 valeu R$ 61,05 com perda de 0,02%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 64,30 com baixa de 0,31% e o março/24 teve valor de R$ 67,40 com desvalorização de 1,03%. 

Já no acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro contabilizaram ganhos de 1,49% para o setembro/23, de 2,52% para o novembro/23, de 2,14% para o janeiro/24 e de 0,87% para o março/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (14). 

variação semanal do milho b3

O Analista de Mercado da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, aponta que as bolsas tiveram reações exageradas para cima diante das novidades na guerra entre Rússia e Ucrânia entre terça e quarta-feira, mas depois, conforme o mercado foi digerindo as informações e percebendo que os impactos práticos seriam menores do que os esperados, as cotações voltaram para baixo na quinta e sexta-feira. 

Com a colheita avançando para o final em alguns estados e ainda ganhando ritmo em outros, o analista espera mais tendência de baixas para os preços nacionais e destaca “ainda não enxergamos o fundo para os preços do milho”.  

Até mesmo as exportações, que eram a grande esperança de altas de preços no Brasil, com embarques projetados em mais de 50 milhões de toneladas, podem se voltar contra as cotações, uma vez que os embarques estão atrasados e aquém daquilo que era esperado. O próprio consumo interno também pode ser prejudicado, diante da troca de consumidores pelo sorgo, que deve tomar, pelo menos, 3 milhões de toneladas desta demanda. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve leves elevações neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorização em nenhuma das praças, mas identificou valorizações em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Porto de Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho os preços andam de lado, o baixo volume de negócios faz com que o cereal siga cotado na média de R$ 55,00/sc em Campinas/SP”. 

A SAFRAS & Mercado acrescenta que, “as chuvas registradas em áreas produtoras de milho safrinha no começo da semana ajudaram a travar a colheita, fazendo com que os produtores brasileiros optassem por reduzir as fixações de oferta do cereal, levando os consumidores menos abastecidos a terem de pagar mais pelo cereal. A expectativa é de que os preços possam seguir subindo no Brasil caso o movimento de alta no cenário externo se mantenha no curto prazo”. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro também encerraram a sexta-feira contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT) 

O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 5,27 com desvalorização de 10,25 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 5,36 com perda de 10,00 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,47 com baixa de 10,00 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,54 com queda de 9,75 pontos. 

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento do última quinta-feira (20), de 1,86% para o setembro/23, de 1,83% para o dezembro/23, de 1,80% para o março/24 e de 1,60% para o maio/24. 

Já no acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano contabilizaram valorizações de 4,15% para o setembro/23, de 4,48% para o novembro/23, de 4,19% para o janeiro/24 e de 4,14% para o março/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (14). 

variação semanal do milho cbot

Segundo informações da Agrinvest, uma rodada de realização de lucros acusou quedas das commodities agrícolas na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira. 

“Durante a semana, os futuros subiram forte diante da repercussão do fim do corredor de grãos e ataques russos aos portos da Grande Odessa. O mercado climático americano também deu suporte adicional pelas perspectivas de clima mais quente e seco nos próximos quinze dias”, explica. 

A consultoria acrescenta ainda que, “o mercado deverá seguir volátil nos próximos dias, ainda tentando mensurar os impactos do fim do corredor”, diz.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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