Espaço para exportação segura milho com pouca alteração na B3 nesta 3ªfeira
A terça-feira (14) chega ao final com os preços futuros do milho levemente recuados na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 85,57 e R$ 87,82.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 85,72 com desvalorização de 0,19%, o maio/23 valia R$ 87,82 com queda de 0,09%, o julho/23 foi negociado por R$ 86,35 com perda de 0,17% e o setembro/23 teve valor de R$ 85,57 com baixa de 0,02%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 não tem mudado muito entre R$ 85,00 e R$ 88,00, se mantendo em cotações que são consideradas boas.
“Nós estamos com um bom espaço na exportação. Temos clientes importantes como a China que deve comprar do Brasil 10 milhões de toneladas e o Irã que compra de 5 a 8 milhões de toneladas e está com dois navios por aqui. Então temos espaço de exportação”, diz.
Porém, Brandalizze faz um importante alerta ao produtor brasileiro. “Muita gente segurou milho do ano passado para esse ano e agora vem uma nova safra. Está colhendo a safra de verão e daqui uns dias vai ter a nova safrinha no meio do ano. Vale lembrar ainda que os Estados Unidos, se tiver um clima favorável, lá para novembro vai ter 385 milhões de toneladas de milho e vai voltar a ter grandes volumes de exportação. Então, talvez na virada do ano, o mercado não seja tão bom como a gente espera. Se tiver oportunidade de troca vá fazendo”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Dourados/MS. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Oeste da Bahia e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Para a SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de lentidão nos negócios. “Os consumidores devem seguir aguardando por menores preços, enquanto os produtores continuam com um nível baixo de oferta do cereal. Com isso, as cotações tendem a se manter estáveis, travando a comercialização”.
O consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, destaca que os consumidores tentam baixar valores, mas não há muita oferta e assim as cotações se mantêm.
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o milho inicia a semana sendo comercializado na média de R$ 85,50/sc no mercado físico de Campinas/SP, vendedores não cedem a pressão compradora por menores preços”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou as atividades desta terça-feira com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,27 com elevação de 3,00 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,20 com valorização de 7,25 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,09 com ganho de 6,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 5,67 com alta de 3,75 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (13), de 0,48% para o março/23, de 1,14% para o maio/23, de 1% para o julho/23 e de 0,71% para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos subiram nesta terça-feira, recuperando-se das mínimas de vários meses registradas na semana passada, conforme os mercados acionários de Wall Street se estabilizaram e surgiram sinais de demanda para exportação de grãos frescos.
A publicação ainda destacou que, a incerteza sobre as negociações para estender um corredor de exportação de grãos da Ucrânia durante a guerra deu apoio.
“Os mercados acionários apareceram, interrompendo uma derrota de cinco sessões depois que os principais dados dos Estados Unidos reforçaram as apostas de um aumento menor da taxa de juros pelo Federal Reserve em sua próxima reunião”, relata Julie Ingwersen da Reuters Chicago.
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