Feijão, por Ibrafe: Varejo começa a perceber o momento crítico
Não é questão de queda de braço. Nem de intransigência. É, sim, de percepção da situação em geral, de pouco produto que leva os produtores a buscarem a cada negócio um preço melhor. O consumidor receberá em algum momento nos próximos dias, no início de março, o susto de ver o Feijão-carioca subindo e a cor já não ser aquela que ele mais valoriza, bem clarinho.
A marca dos R$ 400 já está consolidada para os melhores lotes e em breve será ultrapassada. Empacotadores atentos, ainda na semana passada, aceitaram pagar mais desde que fossem lotes um pouco maiores. Quem antecipou a alta e pagou mais ainda na semana passada já não tem do que se arrepender.
Um empacotador do Nordeste ontem comentava que nestas horas vem o arrependimento de ter aberto novos clientes no varejo. Agora atender em volume será impossível. “Chega um momento”, diz este empacotador, “que você não sabe o que dizer. O comprador pergunta quantos fardos você me entrega antes de perguntar a que preço você faz”.
No caso do Feijão-rajado que segue ao redor de R$ 350/360 base Goiás, também se espera que em breve reaja e mude de patamar, bem como o Feijão-preto que ainda patina ao redor de R$ 300/310, FOB Paraná.
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