Demanda por proteínas da China seguirá crescente, diz CEO da JBS
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) -A China vai continuar aumentando a demanda por proteínas de origem animal, notadamente de carne bovina, uma vez que o consumo per capita do chinês para cortes bovinos é relativamente baixo e há novos hábitos alimentares adquiridos com a pandemia, disse nesta quarta-feira o CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, durante o XP Agro Conference.
Segundo ele, o Brasil e os Estados Unidos --onde a JBS tem boa parte de suas operações-- estão bem posicionados para atender o crescimento desse consumo.
"É estrutural o crescimento da demanda por carne bovina na Ásia como um todo, principalmente na China...", afirmou o presidente da maior produtora global de carnes.
Ele disse ainda que os chineses são competitivos na produção de frangos e suínos, já que essas criações têm ciclos menores, enquanto no caso dos bovinos há necessidade de mais área e o ciclo produtivo é mais longo.
"Urbanização, melhora de renda, isso eleva o consumo, mudanças de hábitos com a pandemia, isso leva a aumento de consumo de carne bovina", explicou a jornalistas.
Na véspera, o CEO da concorrente na área de aves e suínos BRF, Miguel Gularte, disse que estava otimista com o retorno da demanda da China à normalidade para estas proteínas após as comemorações do Ano Novo Chinês.
Ele citou previsões de que até 2050 o mundo vai ter de produzir 50% a mais alimentos para fazer frente à demanda global, apontando também o crescimento da população como fator que impulsiona o consumo.
(Por Roberto Samora; edição de Marta Nogueira e Nayara Figueiredo)
0 comentário
Carnes do Mercosul: Abiec lamenta posicionamento de CEO do Carrefour
Mapa rechaça declaração do CEO do Carrefour sobre carnes produzidas no Mercosul
Trimestrais da pecuária: cresce o abate de bovinos, suínos e frangos
Abiec destaca avanços do Brasil em sustentabilidade na pecuária, em conferência mundial
Assinatura eletrônica para certificados sanitários para produtos de origem animal alcança 50 mil solicitações
Aproximação de pecuaristas e açougues pode gerar novas oportunidades de negócios e renda