Milho: B3 segue o dólar e recua nesta terça-feira
A terça-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 86,90 e R$ 89,83.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 89,83 com queda de 0,30%, o maio/23 valeu R$ 89,49 com perda de 0,01%, o julho/23 foi negociado por R$ 87,00 com desvalorização de 0,37% e o setembro/23 teve valor de R$ 86,90 com baixa de 0,34%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado nacional segue sendo pressionado pela questão cambial, mas está estável nos balcões regionais.
“O balcão do Rio Grande do Sul fica entre R$ 83,00 e R$ 84,00, ele vinha levemente pressionado, mas como a safra é pequena ele não caiu muito mais. O balcão catarinense, paranaense, paulista e mineiro está começando a colheita entre R$ 70,00 a R$ 80,00 junto a indústria e cooperativas”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho ficou praticamente inalterado neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas em Panambi/RS e valorização somente em Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho os negócios iniciaram a semana de maneira lenta com a ausência de exportadores e balizado pela demanda doméstica, o cereal encerrou a segunda-feira estável na casa dos R$ 85,50/sc em Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) acumulou movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro nesta terça-feira.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,77 com valorização de 10,75 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,75 com alta de 10,25 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,64 com elevação de 10,50 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,08 com ganho de 6,25 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (24), de 1,65% para o março/23, de 1,50% para o maio/23, de 1,53% para o julho/23 e de 1,16% para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho, assim como os de trigo e soja, em Chicago se firmaram nesta terça-feira, com os participantes do mercado avaliando as perspectivas de chuva na Argentina e nos Estados Unidos, melhorando o sentimento entre os investidores sobre as perspectivas econômicas.
“Essas chuvas de fim de semana ajudaram a estabilizar a safra. Sexta e ontem, vimos muita realização de lucros”, disse à Reuters, Joe Davis, diretor de vendas de commodities da Futures International.
A publicação ainda destaca que, o milho e o trigo estão sustentados, já que os produtores de gado dos Estados Unidos buscam barganhas.
“Cada vez que você faz uma pausa, o usuário final intervém e cobre um pouco. Ainda há uma forte demanda sob ele”, disse à Reuters, Don Roose, presidente da US Commodities.
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