Após contaminada por gripe aviária, ave pode morrer em menos de 48h, diz especialista
Podcast
Após contaminada por gripe aviária, ave pode morrer em menos de 48h, diz especialista
Os casos de influenza aviária se espalham com rapidez pela América Latina; desde o final de outubro já se registram surtos em granjas comerciais ou aves silvestres/migratórias na Colômbia, México, Peru, Equador e Venezuela. De acordo com o responsável pela área de serviços veterinários da Ceva Saúde Animal na América Latina, Luiz Sesti, não é normal a rapidez com que o vírus de cepa altamente patogênica vem de disseminando. Ele explica que ainda não há uma justificativa comprovada, mas possivelmente as aves migratórias estão mais contaminadas ou mais espécies destes animais estão atuando como vetores da doença.
Sesti detalha que a principal fonte de contaminação da doença nas aves são por meio de excrementos de outras aves contaminadas, ou até mesmo de epssoas que tenham tido contato com animais do tipo que estivessem enfermos. Ele dá como exemplo o Peru, país em que vários pelicanos morreram na região costeira, e que pessoas que estavam nestas áreas e que tiveram contato com as aves acabaram "transportando o vírus". Inclusive, o governo peruano estuda interditar temporariamente as praias para visitantes por esta razão.
O especialista afirma que há as cepas da influenza aviária de baixa patogenicidade e de alta patogenicidade, as de hemaglutinina 5 ou 7, como, por exemplo, a H5N1, que vem sendo mais prevalente tanto nos Estados Unidos quanto nos casos em países da América Latina. Sento altamente patogênica, a doença estando no organismo do animal provoca uma resposta inflamatória em qualquer que seja o tecido ou sistema do corpo, seja respiratório, intestinal... "As aves morrem de infecção generalizada, às vezes em menos de 48 horas", disse,
Além das medidas de biosseguridade, como instalaçãod e granjas comerciais longe de rotas migratórias ou área de pousio de aves silvestres, telas nas granjas, ações de higiene por parte do quadro funcional das granjas, Sesti explica que existem, sim, vacinas que previnem alguns tipos do vírus de acometerem as aves. República Dominicana, Guatemala e México, países em que a gripe aviária é endêmica, as vacinas são utilizadas. No Brasil, conforme diz Sesti, um país que é um dos líderes na exportação de carne de frango, a utilização de vacinas como forma preventiva pode ser positiva pelo lado de mitigar o aparecimento da doença, mas comercialmente, pode ser prejudicial. Isso porque o mercado externo automaticvamente entende que o país passa a ser considerado conmo tendo a patologia endêmica no território. A alternativa seria, por exemplo, se houver um caso localizado, utilizar a vacina apenas naquela região, sem aplicar como um protocolo nacional.
O Brasil nunca registrou casos da doença, mas de acordo com o especialista, apesar de haver algumas tecnologias disponíveis em granjas pontuais no país para o abate sanitário de maneira eficaz, humanizada e com menos chance de dispersão da doença, de maneira geral o Brasil não possui estrutura para lisar com um grande surto. "Há o abate com uma espuma que é lançada sobre as aves ainda na granja, e elas ficam sem ar. O ideal é que o descarte delas envolva o menor contingente de epssoas possível e menor logística, para que se evite o trânsito do vírus", explicou.
Leia mais:
+ Com notificações internacionais, Paraná reforça ações de prevenção da influenza aviária
+ Governo do Uruguai pede intensificação de esforços para prevenir a entrada da gripe aviária
+ Santa Catarina reforça medidas de prevenção a Influenza Aviária
+ Argentina coordena ações para prevenir a entrada da influenza aviária no país
+ Vírus da gripe aviária H5N1 detectado em aves silvestres no estado de Anzoátegui, na Venezuela
+ Assim como o Peru, Equador declara emergência sanitária animal após surto de gripe aviária
+ Peru declara emergência sanitária em todo o país devido à gripe aviária
+ Defesa Agropecuária alerta avicultores sobre intensificação na prevenção da Influenza Aviária
0 comentário
Preços dos suínos independentes mantêm estabilidade nesta semana, mas tendência é de alta com a chegada do final de ano
Suínos/Cepea: Carne suína ganha competitividade frente à bovina
Preços dos suínos sobem em véspera de feriado com demanda firme e estoques reduzidos
Com sazonalidade e feriados, cotação do frango no atacado paulista registra avanço de 9,4% na primeira quinze de novembro/24
Volume exportado de carne suína alcança 59,4 mil toneladas até a terceira semana de novembro/24
Média diária exportada de carne de frango tem ganho 50,1% até a 3ª semana de novembro/24