Milho fecha semana negativa acumulando perda de 3,4% na B3 e de 4,9% na CBOT
A sexta-feira (02) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3) e acumulando recuos semanais de até 3,47%.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 87,31 com desvalorização de 1,23%, o março/23 valeu R$ 90,43 com baixa de 1,08%, o maio/23 foi negociado por R$ 90,09 com perda de 0,51% e o julho/23 tinha valor de R$ 87,50 com queda de 0,65%.
Na comparação semanal, o cereal brasileiro acumulou desvalorizações de 3,36% para o janeiro/23, de 3,25% para o março/23, de 2,84% para o maio/23 e de 3,47% para o julho/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (25).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está seguindo a tendência negativa da Bolsa de Chicago, uma vez que os portos também recuaram um pouco aqui no Brasil.
“O balcão gaúcho está estável de R$ 82,00 a R$ 84,00, não está mudando porque boa parte da safra no estado está com seca e perdendo muito. O balcão catarinense, paranaense, paulista e mineiro varia de R$ 75,00 a R$ 85,00, mas o porto baixou e ficou de R$ 89,00 a R$ 92,00 entre 1 e 2 reais abaixo do que estava ontem”, pontua Brandalizze.
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O analista da Céleres Consultoria, Enílson Nogueira, destaca que as cotações do milho brasileiro estão lateralizadas nos últimos dias e devem seguir assim até o começo de 2023. Mesmo assim, os preços ainda garantem algum rentabildiade aos produtores, que podem aproveitar o momento para atingir boas médias de preços.
No mercado brasileiro, o preço da saca de milho também tive mais recuos do que avanços neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Brasília/DF e Oeste da Bahia. Já as desvalorizações apareceram em Cascavel/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Amambai/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com as intensas negociações nos portos, a saca de milho de mantém sustentada na casa dos R$ 86,00 no mercado físico de Campinas/SP”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho encerrou o mês de novembro com um cenário baixista para os preços, em decorrência da queda observada na Bolsa de Mercadorias de Chicago e da valorização do real frente ao dólar.
Conforme destacado pela SAFRAS Consultoria, o indicativo de que o Federal Reserve poderá desacelerar o ritmo de alta de juros nos Estados Unidos acabou afetando o câmbio, o que determinou uma desaceleração dos preços do cereal nos portos.
“Diante da expectativa de que os preços possam vir a ceder ainda mais no curto prazo, os consumidores voltaram a adotar a estratégia de reduzir as intenções de compra do cereal. Na tentativa de fechar negócios, os produtores acabaram elevando as fixações de venda do milho em alguns estados. Isso foi determinante para um movimento de queda nos preços no encerramento de novembro, ainda que de maneira tímida, no cenário doméstico”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou a sexta-feira acumulando novas movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro, que encerraram a uma semana de reveses.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,35 com desvalorização de 15,00 pontos, o março/23 valeu US$ 6,46 com baixa de 14,25 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,47 com queda de 12,00 pontos e o julho/23 tinha valor de US$ 6,44 com perda de 9,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (01), de 2,31% para o dezembro/22, de 2,12% para o março/23, de 1,82% para o maio/23 e de 1,53% para o julho/23.
Na comparação semanal, o cereal norte-americano acumulou perdas de 4,94% para o dezembro/22, de 3,73% para o março/23, de 3,43% para o maio/23 e de 3,01% para o julho/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (25).
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho caíram nesta sexta-feira diante de uma demanda enfraquecida.
“O milho caiu e enfrenta preocupações com a queda na demanda de exportações”, disse às Reuters, Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group.
O reporte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou vendas de 602,7 mil toneladas de milho da atual safra, diante de expectativas do mercado variando de 475 mil a 1 milhão de toneladas.
Até aqui, os Estados Unidos comprometeram 18,352,4 milhões de toneladas, patamar 48% menor do que há um ano.
“O programa americano continua muito aquém do necessário. O USDA deve ser agressivo no corte da demanda no próximo dia 9”, afirmou ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities
O site internacional Farm Futures, aponta, além das preocupações com as exportações, as expectativas de safras abundantes na América do Sul, em especial no Brasil, com responsável pelos recuos das cotações em Chicago.
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