Williams diz que mais altas de juros pelo Fed são necessárias e vê aumento do desemprego
Por Michael S. Derby
NOVA YORK (Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse nesta segunda-feira que o banco central dos Estados Unidos ainda tem mais trabalho a fazer para reduzir os níveis muito altos de inflação, e também destacou que espera ver um aumento notável no desemprego como resultado dessa trajetória da política monetária.
“A inflação está muito alta, e uma inflação persistentemente elevada prejudica a capacidade de nossa economia de funcionar em seu potencial total”, afirmou Williams. Ele disse que houve sinais de progresso na redução do salto dos preços e acrescentou que mais ações do Fed serão necessárias para levar a inflação de volta à meta do banco central.
“Mais aperto na política monetária deve ajudar a restaurar o equilíbrio entre demanda e a oferta e levar a inflação de volta para 2% nos próximos anos”, afirmou Williams em comentários feitos em uma reunião do New York Economic Club.
“A política monetária mais apertada começou a reduzir a demanda e diminuir as pressões inflacionárias”, disse ele, acrescentando que “vai levar algum tempo, mas estou totalmente confiante de que retornaremos a um período sustentado de estabilidade de preços”.
Williams também atua como vice-presidente do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), responsável por fixar a taxa básica de juros, com a próxima reunião de política monetária do banco central marcada para 13 e 14 de dezembro.
A expectativa é de que o Fed eleve novamente a taxa básica de curto prazo, atualmente na faixa de 3,75% a 4%, enquanto as autoridades buscam reduzir os níveis mais altos de inflação vistos em quatro décadas.
Williams não mostrou uma preferência pelo tamanho do próximo movimento do Fed, nem deu dicas sobre até que ponto ele acha que o banco central precisará subir os custo dos empréstimos ao longo do tempo.
Williams disse em seus comentários que o desemprego deve crescer mesmo que a economia norte-americana provavelmente escape da recessão.
O mercado de trabalho continua muito apertado, afirmou Williams, com fortes contratações e rápidos ganhos salariais. Com o crescimento esperado em território modestamente positivo neste ano e no próximo, ele disse que a taxa de desemprego provavelmente avançará para entre 4,5% e 5% até o final do próximo ano.
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