Safra de cevada do RS supera expectativas em quantidade e qualidade
A Emater/RS-Ascar é a única Instituição a classificar toda a cevada produzida no Rio Grande do Sul. “Na semana passada (16/11), foi analisada a milésima das 3.500 amostras esperadas para até o final da safra”, anunciou Gilceu Cippolat, gerente de Classificação e Certificação da Emater/RS-Ascar. A classificação da cevada iniciou no dia 24 de outubro, devendo encerrar no próximo dia 15 de janeiro, e é realizada por 20 técnicos classificadores na Ambev de Passo Fundo. Com uma área de 37.500 hectares de cultivo e uma produtividade estimada em 3.237 kg/ha, o RS deve produzir 121.236 toneladas, o que deve gerar uma supersafra de cevada. Contudo, não se descartam alterações positivas nessa estimativa, visto que os resultados da colheita ainda estão em andamento, porém, a classificação e a qualidade têm sido os grandes diferenciais.
As regiões com maior destaque são Frederico Westphalen, onde a colheita está praticamente encerrada, Ijuí, com 80% das lavouras colhidas e produtividade de 3.000 a 4.000 kg/ha, e Soledade, onde a produtividade em muitas lavouras chega a 4.800 kg/ha. “Se destaca a ótima qualidade do grão, com classificação classe 1 e germinação acima de 96%, ideais para malte cervejeiro”, ressalta Cippolat.
A Emater/RS-Ascar presta serviços de classificação à Ambev há 21 anos, analisando itens como matéria estranha e impurezas, umidade e proteína, realizando testes de micotoxina (desoxinivalenol) e calculando o poder germinativo do produto. Após todo esse processo a cevada é encaminhada aos armazéns da Pradozem, maior empresa da América Latina em armazenagem de grãos, onde é segregada por silo conforme sua qualidade. Essa cevada classificada é encaminhada para as cervejarias, a fim de serem maltadas e repassadas para a produção de cervejas. Para que seja maltada, a cevada deve ter 95% de poder germinativo, caso contrário, é utilizada para rações.
O serviço de classificação prestado pela Emater/RS-Ascar possui rastreabilidade em todo o processo, desde a produção do grão, e certificações internacionais, que atestam sua qualidade, como a ISO 9001 (certificando a qualidade de produtos e serviços), ISO 17.025 (garantindo a gestão de qualidade / específica para laboratórios) e a ISO 17.065 (certificação de armazenamento).
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