Rabobank projeta redução nos preços do boi gordo e da carne bovina para 2023
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Rabobank projeta redução nos preços do boi gordo e da carne bovina para 2023
O Banco Holandês, Rabobank, divulgou as suas perspectivas para o mercado do boi gordo para o próximo ano de 2023, na qual aponta uma redução nos preços pagos para arroba e da carne bovina no atacado. Já no cenário externo, o Rabobank estima que a China pode reduzir as importações de carne bovina em até 5%, enquanto os Estados Unidos podem aumentar a importação.
De acordo com o Analista de Proteína Animal do Rabobank, Wagner Hiroshi Yanaguizawa, esse cenário de queda nas cotações iniciou no segundo trimestre e acabou trazendo um movimento baixista e impactou quem já estava com fêmeas para descarte. “Isso trouxe uma pressão adicional no mercado e outro fator foi o estoque de macho que acabou pressionando os valores da arroba abaixo do que estávamos esperando”, explicou ao Notícias Agrícolas.
A participação de fêmeas no abate estava por volta de 28% a 29% e evoluiu para 42% em março deste ano. "Nós tivemos um volume maior de fêmeas indo para o abate e esse foi um fator que trouxe um aumento nos níveis de oferta e contribuiu para o cenário de queda nos preços”, comentou.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram um crescimento no rebanho de 3% do ano anterior. “Foi um aumento bem significativo frente aos anos anteriores e isso continuará crescendo nos próximos anos. Agora, temos que ficar atentos ao comportamento da demanda”, relatou.
O Banco Holandês ainda estima que a demanda doméstica vai seguir como principal foco do escoamento da produção, mas que nas exportações dos Estados Unidos pode ganhar destaque. “Os desafios para a recuperação do consumo estão um pouco maiores, mas na nossa visão devemos ter um incremento de 1,5% para o próximo ano e as exportações também podem ter um crescimento na ordem de 1,5%”, destacou em entrevista.
Após alguns anos com a produção comprometida, a Austrália deve registrar uma recuperação de 5,8% na produção dos animais a partir do próximo ano. “Esse vai ser um dos maiores aumentos dos últimos seis anos e isso vai sinalizar um crescimento do volume ofertado para o mercado externo. Por outro lado, o Brasil está mais competitivo na questão de preço frente a Austrália”, apontou.
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