Questão cambial pesa em Chicago e soja recua com valorização do dólar no Brasil e possível volta do dólar/soja na Argentina

Publicado em 16/11/2022 17:33 e atualizado em 16/11/2022 18:14
Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest
China precisa comprar soja mas aceleração da demanda vai depender do relaxamento no combate à Covid e expansão na produção de carnes

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Questão cambial pesa em Chicago e soja recua com valorização do dólar no Brasil e possível volta do dólar/soja na Argentina

 

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Nesta quarta-feira (16), o mercado da soja fechou o pregão na Bolsa de Chicago com baixas de mais de 20 pontos entre as posições mais negociadas. O contrato janeiro fecha com US$ 14,30 e o maio - referência para a safra brasileira - com US$ 14,42 por bushel. O mercado foi intensificando as perdas ao longo do dia, trabalhando durante todo o pregão em campo negativo. 

Como explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, desde a última quinta-feira (10), o andamento das cotações em Chicago tem estado muito relacionado ao movimento do câmbio no Brasil. Com a valorização da moeda americana frente à brasileira - hoje de 1,54% para R$ 5,38 - os produtores vão avançando com suas vendas no Brasil, deixando o programa norte-americano menor, pressionando Chicago. 

Vanin destacou as vendas de cerca de 1,4 milhão de toneladas de soja na última quinta, em um movimento que ajuda a pesar também sobre os prêmios no mercado nacional, deixando o Brasil ainda mais competitivo, o que mantém a pressão sobre a CBOT. "E esse é motivo que temos tido nos últimos pregões", diz.  

Também na esfera cambial, a Argentina. O mercado volta a receber as informações de que uma nova rodada do chamado 'dólar soja', o que também ganha mais espaço no radar dos traders, já que também seria uma alternativa importante para a demanda, inclusive da China. 

Atenção ainda ao comportamento da demanda. A China tem buscado mais soja, porém, os produtores tanto nos EUA, quanto no Brasil, não têm mostrado muito interesse em vender, com as tradings um pouco mais lentas. "Não tem farelo na China porque a China demorou, não comprou entre julho e agosto, as margens estavam ruins", e agora há pouca matéria-prima. 

A tendência é de que em março o cenário comece a se normalizar  - o que já começa a ser sinalizado pelos futuros do derivado na Bolsa de Dalian - e a partir daí o mercado vai buscar entender como se comportarão os mercados de carne e as medidas de relaxamento do Covid para entender o consumo da nação asiática. 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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