Soja sobe mais de 1% em Chicago de olho nas paralisações no BR e clima na AMS

Publicado em 01/11/2022 13:25

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O mercado da soja segue trabalhando em campo positivo e testa suas máximas em um mês na Bolsa de Chicago no pregão desta terça-feira (1). Perto de 12h55 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 16,25 e 18 pontos nos principais vencimentos, com o novembro valendo US$ 14,26 e o maio - referência para a nova safra do Brasil - a US$ 14,51 por bushel. São ganhos de mais de 1%, mesmo em um ambiente de baixa para milho e trigo na CBOT. 

Os futuros da oleaginosa seguem refletindo, em partes, algumas preocupações com algumas incertezas que rondam a oferta sul-americana em função de clima, em especial, no Brasil, onde o plantio já está bastante adiantado. As previsões indicam riscos de geada em algumas regiões do Sul do país, pondendo pegar áreas de soja recém plantadas e gerando alguma preocupação. 

Do mesmo modo, como explicou o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, "grande parte da especulação deposita as atenções sobre o lado da oferta aqui na América do Sul, e a manutenção das leituras climáticas trazem o terceiro ano de La Niña, já dando sinais da retração das chuvas no sul, concentração das chuvas no Centro-Norte do Brasil, isso vale também para quase toda a região produtora de soja da Argentina. Então, há problemas do lado da oferta que continuam criando pontos de sustentação para a soja no mercado internacional". 

Do mesmo modo, os traders acompanham o comportamento da demanda, em especial no ano que vem, se haverá contração ou expansão do consumo, principalmente por parte da China. Nesta terça, as possibilidades de relaxamento das políticas de contenção do Covid-19 na nação asiática dão certo estímulo À cotações, como explica a equipe da Agrinvest Commodities.

"Os estoques de soja e farelo na China estão muito baixos. A China ainda precisa cobrir boa parte de sua demanda para dezembro e janeiro. O contrato do farelo janeiro na DCE (Bolsa de Dalian) está na máxima do contrato", complementa a consultoria. 

As paralisações que ainda tomam o Brasil em cerca de 267 pontos, de acordo com números atualizados pela Polícia Rodoviária Federal, também são acompanhadas pelo mercado internacional. O escoamento está comprometido, há possibilidade de fechamento do acesso aos portos do país e os riscos, mesmo que parcialmente, começam a ser precificados. 

"A logística está no radar. No Brasil, os protestos de caminhoneiros estão bloqueando importantes vias de escoamento no interior e também nos portos. O porto de Paranaguá é o mais importante, o que nesse momento pode interromper o fluxo de farelo de soja e milho e soja em grão – no lineup de Paranaguá tem 450 mil de soja, 370 mil de farelo e 430 mil de milho", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest.

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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