Agronegócio espera diálogo com governo e pacificação do país, diz Abag

Publicado em 01/11/2022 09:12

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SÃO PAULO (Reuters) – A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) fez nesta segunda-feira uma lista de expectativas em relação à nova gestão federal, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição para a Presidência, citando diálogo entre a iniciativa privada e o governo, e pacificação do país.

O setor, que respondeu por uma parcela significativa de apoio ao presidente e candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL), deve contar com uma agenda que inclui agricultura renegerativa, produção sustentável e combate ao desmatamento ilegal, segundo comunicado da associação.

“A expectativa para o governo democrático é a pacificação do país, a implantação de uma política econômica que leve um crescimento equilibrado dos diferentes setores e a integração entre a iniciativa privada e o poder público para a continuidade de políticas públicas em prol de um agronegócio pujante, produtivo, sustentável e capaz de contribuir para a erradicação da insegurança alimentar no mundo, provendo o país de comida e energia de qualidade”, disse a entidade.

Neste segunda-feira, diversos Estados importantes para a produção agropecuária do país, como Paraná e Mato Grosso, tiveram bloqueios nas estradas por caminhoneiros insatisfeitos com o resultado das urnas.

A Frente Parlamentar Agropecuária chegou a pedir a passagem para produtos básicos, cargas vivas e ração nas estradas, no intuito de limitar o impacto para o setor.

A Abag não comentou especificamente sobre os protestos.

A entidade destacou, no entanto, que serão necessários a retomada da diplomacia para tratar das questões da geopolítica global, defendendo os interesses nacionais.

“O combate consistente ao desmatamento de áreas ilegais nos biomas brasileiros, especialmente na Amazônia; a consolidação de políticas ambientais de proteção à biodiversidade; o estímulo das atividades sob responsabilidade do setor privado; e o diálogo incessante entre os entes privados e o governo para formação de políticas adequadas para a competitividade do agro nacional”, acrescentou.

As perspectivas ainda citam reformas administrativa e tributária, no intuito de reduzir “custo Brasil”, e apoio a mecanismos de financiamentos para custeio e investimento destinados ao produtor rural.

A Abag também acredita que será necessário empenho para aumento significativo dos recursos a serem empregados na infraestrutura de transporte da safra e a armazenagem de estoques reguladores.

“Suprimento sustentável de fertilizantes e outras insumos necessários à maior produção e produtividade agrícola, segurança jurídica no campo, combate à criminalidade dentro do meio rural, campanhas de combate às injustas críticas recebidas pelo competente agronegócio brasileiro, interna e externamente.”

“Estas são, em síntese, as principais expectativas da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio em relação às iniciativas do governo eleito”, enfatizou.

(Reportagem de Nayara Figueiredo)

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Fonte:
Reuters

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