Soja intensifica perdas em Chicago, mas mantém foco sobre macroeconomia e fundamentos

Publicado em 13/10/2022 11:54 e atualizado em 13/10/2022 12:57
Nem mesmo mais vendas informadas nesta 5ª feira pelo USDA ajudaram a conter a realização de lucros depois das altas da sessão anterior

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Os futuros da soja seguem trabalhando no vermelho, porém, intensificam suas baixas na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (13). As cotações cediam de 10,25 a 11,50 pontos nos principais vencimentos, por volta de 11h40 (horário de Brasília), com o novembro sendo cotado a US$ 13,84 e o maio - referência para a safra brasileira - a US$ 14,08 por bushel. 

Os traders ainda se atentam aos últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que foram altistas para os preços no cenário norte-americano - com corte na produção e na produtividade dos EUA - mas de olho no quadro global, com maior produção e estoques finais. 

E passada a divulgação do novo reporte, voltam-se ainda mais as atenções ao plantio no Brasil - que já passa de 10% da área - e às condições de clima em que a nova safra irá se desenvolver. Paralelamente, acompanha ainda a colheita nos EUA que já chega a metade da área e que pode trazer algumas surpresas até sua conclusão. 

Atenção ainda à logística americana, à demanda chinesa e ao macrocenário, com muitas tensões ainda deixando o mercado arisco e buscando - sempre que necessário - se distanciar das commodities para buscar ativos mais seguros, como o dólar, por exemplo. Os temores de uma recessão são fortes, a OPEP reduziu suas projeções para o consumo de petróleo para este ano e o próximo, e os sinais preocupantes seguem aparecendo. 

Nesta quinta-feira, o USDA voltou a informar vendas de soja para a China e "destinos não revelados" que passaram de 500 mil toneladas, depois do anúncio da venda de ontem de 526 mil, e isso também permanece no radar. 

"Traders comentam sobre 18 barcos comprados pela China na semana passada, sendo três nos EUA. Nesta madrugada, traders confirmaram a compra de oito barcos nos EUA, sendo grande parte para embarque novembro a janeiro", explica o time da Agrinvest Commodities. 

Ainda segundo a consultoria, as traders americanas têm dado preferência aos portos do PNW - Pacífico - para embarques mais curtos e o Golfo para os mais longos dados os altos custos logísticos diante dos baixos níveis do rio Mississippi que compromete o fluxo das barcaças. 

E o mercado ainda espera pelos novos números das vendas semanais para exportação dos EUA que também serão reportados pelo USDA e nesta semana serão reportados na sexta-feira (14) em função do feriado da segunda-feira (10), de Columbus Day. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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