Soja sobe mais de 1% no início da tarde desta 6ª em Chicago e recupera parte das baixas fortes da semana
Os futuros da soja registram mais de 20 pontos de alta - ou mais de 1,5% - no início da tarde desta sexta-feira (2) na Bolsa de Chicago. Perto de 12h50 (horário de Brasília), as cotações subiam forte em um movimento de correção depois das consecutivas e fortes baixas dos últimos dias. Assim, o novembro voltava aos US$ 14,17 e o março a US$ 14,24 por bushel.
Apesar da retomada - importante e oportuna depois de a oleaginosa ter testado patamares abaixo dos US$ 14,00 no fechamento da sessão de ontem - os traders seguem monitorando também os fatores que ainda exercem pressão sobre o mercado.
No radar permanecem as expectativas de uma safra recorde nos Estados Unidos, o comportamento da demanda e, aos poucos, entram as perspectivas para a nova safra de soja da América do Sul, em especial do Brasil, que até este momento carrega a expectativa de uma super colheita.
Assim, as atenções deverão começar a ser cada vez maiores para as condições de clima no Brasil, já que o plantio está prestes a começar.
"O mercado vai se preparando para o relatório mensal de oferta e demanda do USDA de setembro. A expectativa é de mais uma redução na produtividade de milho e aumento da soja. A demanda pelo milho americano continua fraca, para a soja está boa. Na semana, o USDA reportou vendas de mais de 800 mil toneladas de soja", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
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O sentimento do mercado financeiro também é monitorado de perto, já que a aversão ao risco ainda está muito presente diante de tantas incertezas que rondam o rumo da economia global.
Mas, nesta sexta, o mercado parece estar mais tranquilo, inclusive com o dólar index recuando, depois das altas fortes dos últimos dias. Perto de 12h50, a perda era de 0,5%. No Brasil, a moeda americana cedia 1,11%, no mesmo momento, para R$ 5,18.
Parte desta "tranquilidade" se vale também dos dados divulgados hoje sobre o mercado de trabalho americano, os quais ficaram dentro do esperado na criação de vagas e alta dos salários. "Isso reduz a pressão de alta sobre as taxas de juros nos EUA", complementa Vanin.
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