Milho recua nesta 6ªfeira na B3 e acumula desvalorização de 4% na semana
A sexta-feira (19) chega ao final com os preços futuros do milho performando no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 85,01 e R$ 93,81.
O vencimento setembro/22 foi negociado por R$ 85,01 com baixa de 1,07%, o novembro/22 valeu R$ 88,50 com desvalorização de 1,28%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 92,21 com queda de 0,81% e o março/23 teve valor de R$ 93,81 com perda de 0,29%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 4,16% para o setembro/22, de 3,38% para o novembro/22, de 1,81% para o janeiro/23 e de 0,63% para o março/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (12).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado segue com um bom suporte e o produtor precisa fazer a sua relação de troca por insumos e ir se posicionando à frente.
“Mesmo estando no pico da colheita, hoje com 95% da safrinha colhida, o mercado do milho é de R$ 88,00 à R$ 93,00 nos portos e podendo subir um pouco mais nas próximas semanas se seguirem todos os problemas da safra do hemisfério norte, o que garante uma boa posição para quem vai fazer safrinha em 2023”, diz.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou ganhos neste último da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou desvalorizações em nenhuma das praças, mas contabilizou valorizações em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Amambai/MS, Machado/MG, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a analise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho, após dois dias consecutivos de alta os preços voltaram a recuar para níveis próximos a R$82,00/sc em Campinas/SP diante da estabilidade do dólar e com mercado mais ofertado”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho registrou preços fracos nesta semana nas principais praças de comercialização, de estáveis a mais baixos no comparativo com a semana anterior. “O ritmo dos negócios mostrou-se lento nos últimos dias”.
Segundo a consultoria, “a oferta de milho foi crescente em muitos estados, sendo evidenciada maior fixação pelos produtores diante da necessidade de fazer caixa para honrar pagamentos. O vencimento de dívidas dos produtores ainda é um fator importante a ser considerado”, aponta.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho, começaram o dia operando em campo negativo, mas encerraram o último pregão da semana contabilizando movimentações altistas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,26 com ganho de 6,25 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,23 com elevação de 7,50 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,30 com alta de 7,75 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,33 com valorização de 8,00 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (19), de 1,13% para o setembro/22, de 1,30% para o dezembro/22, de 1,29% para o março/23 e de 1,28% para o maio/23.
Já na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam perdas de 2,03% para o setembro/22, de 2,96% para o dezembro/22, de 2,93% para o março/23 e de 2,76% para o maio/23.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho terminaram a semana com perdas de cerca de 3%, apesar de terem feito incursões moderadas durante a sessão de sexta-feira. “Uma rodada de compras técnicas ajudou os preços a subir mais de 1% hoje”.
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