Soja em Chicago fecha estável nesta 4ª após sessão volátil e à espera do USDA
O mercado da soja pareceu ter deixado a estabilidade de lado no pregão desta quarta-feira (10) na Bolsa de Chicago, porém, a retomou para concluir seus negócios e terminar o dia com tímidas oscilações entre os contratos mais negociados. Enquanto o novembro fechou a sessão com baixa de 1 ponto - e valendo US$ 14,27 por bushel - o janeiro cedeu 0,75 ponto para US$ 14,33.
A semana, apesar dos movimentos fortes dos últimos dias, é de volatilidade, mas também de traders na defensiva, já que na sexta-feira (12), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo reporte mensal de oferta e demanda, com expectativas elevadas sobre a nova safra norte-americana.
"O clima deve continuar mais quente e seco na segunda quinzena de agosto, o que reforça a tendência de um novo corte nas produtividades para o próximo relatório", afirmou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
Assim, os traders acompanham de perto a atualização dos mapas climáticos e as condições que vão ou não se confirmando e impactando nos campos americanos. Os mapas atualizados pelo NOAA, o serviço oficial de clima dos Estados Unidos, mostra que os próximos cinco dias serão de chuvas ainda muito concentradas a oeste do cinturão, como mostra a imagem abaixo.
Já para os próximos sete dias, as precipitações já começam a aparecer um pouco mais nos estados do oeste e norte do Corn Belt, mas ainda com baixos volumes. E além de pouco volumosas, poderiam chegar tarde e insuficientes para algumas regiões.
Ainda entre os fundamentos, o mercado da soja na CBOT ganha também o reforço do anúncio da venda de 196 mil toneladas de soja para a China pelos EUA nesta quarta-feira feito pelo USDA. Esta foi a segunda operação da semana de vendas americanas para a nação asiática.
A demanda chinesa por soja - e commodities de uma forma geral - passa por uma clara transformação e o mercado agora busca entender se trata-se de um movimento definitivo ou não. Os números de 2022 tem se mostrado mais contidos em relação a anos anteriores, todavia, a nação asiática vem buscando soja para os meses mais distantes, referentes à oleaginosa da safra 2022/23 dos Estados Unidos, como já aconteceu algumas vezes nesta semana.
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