Diretor de empresa nuclear ucraniana alerta sobre "altos riscos" em usina ocupada
Por Pavel Polityuk e Sergiy Karazy
KIEV (Reuters) - O diretor da estatal ucraniana nuclear alertou nesta terça-feira sobre os "altos riscos" de bombardeio na usina nuclear de Zaporizhzhia, na região sul do país, atualmente ocupada pelos russos, e disse que é vital que Kiev retome o controle das instalações antes da chegada do inverno.
O diretor da Energoatom, Petro Kotin, disse em entrevista à Reuters na semana passada que o bombardeio russo havia danificado três linhas que conectam a usina de Zaporizhzhia à rede ucraniana e que a Rússia quer conectar a usina à sua própria rede.
Nos últimos dias, Ucrânia e Rússia trocaram acusações sobre bombardeios no terreno da ampla estação de energia nuclear --a maior da Europa-- que está em território controlado pelos russos,
Algumas das bombas caíram em locais próximos ao armazenamento de combustível usado, uma área que possui 174 containers com material altamente radioativo, afirmou Kotin, avisando sobre os perigos de atingir o local.
"Esse é o material mais radioativo em toda a usina nuclear. Isso significaria um espalhamento desse material, e aí teríamos uma espécie de onda radioativa e o clima decidiria para qual direção a nuvem irá se dirigir", disse.
"O risco é muito alto", avaliou.
Kotin diz que a Rússia quer conectar a usina à sua rede, um processo tecnicamente difícil que exige que a instalação seja removida do sistema ucraniano antes de ser gradualmente conectada ao sistema russo.
(Reportagem de Pavel Polityuk e Sergiy Karazy)
0 comentário
Dólar fecha em leve baixa após BC vender US$3 bilhões ao mercado
Leilões de títulos não buscam controlar dólar ou juro e mercado está funcionando, diz coordenador do Tesouro
Moraes mantém prisão de Braga Netto e Mario Fernandes
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$18,427 bi em dezembro até dia 20, diz BC
Dívida pública federal sobe 1,85% em novembro, para R$7,204 tri, diz Tesouro
Gabinete Presidencial de Taiwan faz primeira simulação de mesa sobre emergência com China