Milho: USDA anuncia nova venda para China e BR ainda não tem navios nomeados para a nação asiática
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de milho para a China nesta terça-feira (9). Foram 133 mil toneladas e o volume é todo da safra 2022/23.
Esta é a segunda venda anunciada dos americanos para a nação asiática nesta semana, mesmo depois de todas as especulações sobre um novo abalo nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo desde que a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, visitou a ilha de Taiwan.
Além disso, apesar do avanço das tratativas, ainda não há no lineup da semana nenhum navio de milho do Brasil nomeado para a China.
"O prazo para cadastramento das empresas autorizadas será até a próxima semana. Traders de milho comentam que se a China demorar muito para iniciar as compras de milho no Brasil, o programa desse ano será pequeno, talvez 2 milhões de toneladas", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
Mais do que isso, ele relata ainda que a China tem apenas três milhões de toneladas compradas de milho neste momento, bem menos do que no mesmo período da temporada anterior, quando o volume chegava a 16 milhões de toneladas. No entanto, ele destaca ainda as condições de clima adverso no país agora, o qe poderia "ser um fator decisivo para dar tração às suas compras de milho".
Além dessa condição, Vanin destaca outras duas variáveis que poderiam justificar o montante menor de compras pelos chineses até agora.
"Poderia citar duas diferenças: 1) a arbitragem contra o milho importado ainda não se mostra viável e; 2) a margem do setor industrial na China está negativa. A relação preço do amido-preço do milho está em 1,13 – o lucro começa acima de 1,5. O setor industrial está trabalhando com capacidade abaixo de 50%, setor que consome 80 milhões de toneladas por ano", diz.
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