Retração do PIB dos EUA coloca em xeque discurso de Yellen sobre saúde econômica
Por David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - A contração da economia norte-americana pelo segundo trimestre consecutivo tornará mais difícil para a secretária do Tesouro, Janet Yellen, retratar uma imagem de saúde econômica em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
Yellen deve falar a partir de 14h30 (de Brasília), e a expectativa é que ela permaneça firmemente no campo retórico de que não há uma recessão.
O Produto Interno Bruto (PIB) caiu a uma taxa anualizada de 0,9% no último trimestre, disse nesta quinta-feira o Departamento de Comércio em estimativa preliminar do PIB. Economistas consultados pela Reuters previam recuperação do PIB a uma taxa de 0,5%.
Yellen vem dizendo nas últimas semanas que a tradicional definição de recessão --dois trimestres consecutivos de declínio do PIB-- não se aplica neste caso, em grande parte por causa de um forte mercado de trabalho nos EUA.
Um comunicado do Tesouro à imprensa informou que Yellen em breves comentários "ressaltará a recuperação histórica dos Estados Unidos nos últimos 18 meses desde as profundezas da pandemia, com mais de nove milhões de empregos criados, o maior declínio em um ano no desemprego já registrado e o mais rápido crescimento econômico anual em 2021 em quase quatro décadas".
A chefe do Tesouro disse no ano passado que a inflação seria "transitória", recuando à medida que as interrupções na cadeia de suprimentos diminuíssem. Mas a inflação se mostrou mais persistente --os preços ao consumidor subiram a um ritmo anual de 9,1% em junho--, e ela admitiu no fim de maio que estava "errada" sobre o caminho que a inflação tomaria.
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